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ARGENTINA
Governo quer facilitar extradição
Kirchner revê regra para extraditar ex-militares
ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES
O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, pretende facilitar a
aprovação de pedidos de extradição de ex-militares acusados por
violação de direitos humanos durante o último regime militar no
país (1976-83). Organizações de
direitos humanos estimam em 30
mil o número de pessoas mortas
ou desaparecidas nesse período.
Segundo informação veiculada
no final de semana pelo diário "La
Nación", o governo estuda mecanismos para limitar os efeitos de
um decreto assinado pelo ex-presidente Fernando de la Rúa, em
2001, que impede a extradição de
ex-militares argentinos acusados
por tribunais de outros países.
Algumas nações da Europa, como Espanha, querem julgar ex-militares que teriam torturado e
matado cidadãos desses países
que residiam na Argentina durante o governo militar.
Desde novembro de 1999, a Justiça argentina recebeu pedidos de
captura de 98 militares que também deveriam ter sido julgados
por tribunais externos. A Argentina não autorizou as extradições e
alegou alegação que os ex-militares já foram julgados por seus crimes dentro do país.
Segundo o "La Nación", a principal meta do governo é dar condições para que a Justiça mexicana possa decidir sobre a extradição do ex-militar Ricardo Cavallo,
preso há dois anos meio no México. A Espanha também quer julgar Cavallo, que é acusado de violar direitos de cidadãos argentinos de origem espanhola.
Viagem ao Brasil
Kirchner virá ao Brasil na próxima quarta para encontro com o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O argentino, ao contrário de
seus antecessores -que priorizavam as relações com os EUA-,
escolheu o Brasil para a sua primeira viagem ao exterior.
"Queremos fortalecer o Mercosul e construir um espaço que é
fundamental para todos nós",
disse Kirchner em entrevista durante o final de semana.
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