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São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2003

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Plano de mídia tenta compensar economia

DE WASHINGTON

Os americanos ricos e a classe média que investe no mercado de ações dos EUA viram US$ 7 trilhões seus e de outros investidores estrangeiros evaporarem desde que George W. Bush assumiu a Presidência dos EUA, em 2001.
É como se toda a produção e os salários dos próximos 14 anos da economia brasileira sumissem em pouco mais de dois anos.
Ao mesmo tempo, sentiram mais de 2 milhões de empregos desaparecerem sob o comando do republicano Bush. Isso após um governo democrata que criou 23 milhões de vagas em oito anos.
Para não repetir a sina do pai, o ex-presidente George Bush (1989-93), que ganhou a primeira guerra no Iraque e perdeu a eleição para Bill Clinton por causa da economia, Bush filho se desdobra.
Fez aprovar no Congresso três cortes de impostos, prometeu reindicar Alan Greenspan, o ""guru" de Wall Street, para a presidência do Fed (o banco central dos EUA) para mais um termo, trocou seu secretário do Tesouro no meio do mandato e agora admite até um dólar mais fraco para estimular as exportações.
A estratégia vem dando certo, e analistas começam a considerar que o pior já pode ter passado. A virada, no entanto, não será rápida ou terá grande impacto no emprego até até novembro de 2004.
O plano adicional para cumprir essa deficiência já foi delineado.
O que os democratas chamam de "política do medo" é vendido por Bush como "justiça infinita" contra o terror e como questão de segurança nacional. Isso é embalado em um eficiente pacote midiático, que já colocou Bush ao lado de bombeiros entre escombros do World Trade Center e no convés de um porta-aviões, onde chegou "pilotando" um avião militar.


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