São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2004

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Reféns são libertados; 26 morrem em ataques

DA REDAÇÃO

Três italianos seqüestrados em abril e um polonês pego na semana passada por insurgentes no Iraque foram libertados ontem pelas forças da coalizão, em mais um dia de violência no país, no qual 26 pessoas morreram em ataques e confrontos.
"É um final feliz para um história que poderia ter sido trágica", declarou o premiê italiano, Silvio Berlusconi, em rede de TV.
Poucos detalhes foram divulgados sobre a operação. Segundo o chanceler italiano, Franco Frattini, os reféns foram liberados "pelas forças de coalizão perto de Bagdá" e "não houve derramamento de sangue". O comando americano confirmou e disse que "vários suspeitos foram presos".
Os italianos trabalhavam para uma empresa de segurança quando foram pegos, em 12 de abril, e tiveram um colega morto pelos seqüestradores. Já o polonês trabalha para uma empreiteira de seu país que atua na reconstrução.
Apesar do sucesso da operação de libertação, a violência continua assolando o país às vésperas da posse do governo interino iraquiano, marcada para o dia 30.
No pior ataque ocorrido ontem, um táxi em que estavam três pessoas explodiu perto do gabinete do prefeito de Mossul, no norte do país. Segundo o comando americano, ao menos nove iraquianos morreram no incidente - alguns dos corpos foram totalmente carbonizados. Não se sabe ainda se foi um ataque suicida.
Pouco antes, um carro-bomba explodira do lado de fora de uma base dos EUA em Baquba, ao norte de Bagdá, matando cinco iraquianos e um soldado americano.
Perto de Fallujah, na região oeste, um confronto entre soldados dos EUA e insurgentes deixou 11 mortos, incluindo mulheres e crianças. Segundo testemunhas, insurgentes atacaram um comboio dos EUA com morteiros e granadas-foguetes.
Esse é o primeiro conflito em semanas em Fallujah, um bastião do regime deposto que até abril representava o maior ponto de tensão do Iraque pós-guerra. A situação havia melhorado depois que a coalizão e os líderes locais fecharam um acordo para que cidade fosse patrulhada pelos próprios iraquianos.
Em Suwayrah, ao sul de Bagdá, seis soldados da coalizão -dois poloneses, dois eslovacos e dois letões -morreram em um aparente acidente. Segundo o comando polonês, eles estavam em um caminhão transportando munição que seria desarmada quando o que aparentou ser uma bomba explodiu dentro do veículo.

Petróleo
Avançando no processo transitório, autoridades iraquianas anunciaram que o governo interino assumiu total controle da indústria petroleira do país, como prevê a nova resolução da ONU. O gabinete, no entanto, só toma posse no dia 30, quando será restituída a soberania. Atualmente, a produção do país, dono da segunda maior reserva do mundo, é menor do que antes da guerra.


Com agências internacionais

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