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Reféns são libertados; 26 morrem em ataques
DA REDAÇÃO
Três italianos seqüestrados em
abril e um polonês pego na semana passada por insurgentes no
Iraque foram libertados ontem
pelas forças da coalizão, em mais
um dia de violência no país, no
qual 26 pessoas morreram em
ataques e confrontos.
"É um final feliz para um história que poderia ter sido trágica",
declarou o premiê italiano, Silvio
Berlusconi, em rede de TV.
Poucos detalhes foram divulgados sobre a operação. Segundo o
chanceler italiano, Franco Frattini, os reféns foram liberados "pelas forças de coalizão perto de
Bagdá" e "não houve derramamento de sangue". O comando
americano confirmou e disse que
"vários suspeitos foram presos".
Os italianos trabalhavam para
uma empresa de segurança quando foram pegos, em 12 de abril, e
tiveram um colega morto pelos
seqüestradores. Já o polonês trabalha para uma empreiteira de
seu país que atua na reconstrução.
Apesar do sucesso da operação
de libertação, a violência continua
assolando o país às vésperas da
posse do governo interino iraquiano, marcada para o dia 30.
No pior ataque ocorrido ontem,
um táxi em que estavam três pessoas explodiu perto do gabinete
do prefeito de Mossul, no norte
do país. Segundo o comando
americano, ao menos nove iraquianos morreram no incidente
- alguns dos corpos foram totalmente carbonizados. Não se sabe
ainda se foi um ataque suicida.
Pouco antes, um carro-bomba
explodira do lado de fora de uma
base dos EUA em Baquba, ao norte de Bagdá, matando cinco iraquianos e um soldado americano.
Perto de Fallujah, na região oeste, um confronto entre soldados
dos EUA e insurgentes deixou 11
mortos, incluindo mulheres e
crianças. Segundo testemunhas,
insurgentes atacaram um comboio dos EUA com morteiros e
granadas-foguetes.
Esse é o primeiro conflito em semanas em Fallujah, um bastião do
regime deposto que até abril representava o maior ponto de tensão do Iraque pós-guerra. A situação havia melhorado depois que a
coalizão e os líderes locais fecharam um acordo para que cidade
fosse patrulhada pelos próprios
iraquianos.
Em Suwayrah, ao sul de Bagdá,
seis soldados da coalizão -dois
poloneses, dois eslovacos e dois
letões -morreram em um aparente acidente. Segundo o comando polonês, eles estavam em um
caminhão transportando munição que seria desarmada quando
o que aparentou ser uma bomba
explodiu dentro do veículo.
Petróleo
Avançando no processo transitório, autoridades iraquianas
anunciaram que o governo interino assumiu total controle da indústria petroleira do país, como
prevê a nova resolução da ONU.
O gabinete, no entanto, só toma
posse no dia 30, quando será restituída a soberania. Atualmente, a
produção do país, dono da segunda maior reserva do mundo, é
menor do que antes da guerra.
Com agências internacionais
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