São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2008

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Obama começa hoje campanha em Estados-chave

Escolhido candidato à Presidência dos EUA, democrata quer mudar foco de discursos para economia, maior preocupação do eleitor

DA REDAÇÃO

Com a definição de sua candidatura à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata, Barack Obama dá início oficial à sua campanha e parte hoje para um tour pelos "swing-states" -os Estados norte-americanos que, como um pêndulo, variam sua preferência partidária a cada eleição.
A viagem de Obama começa pela Carolina Norte e marca a rápida transição depois de sábado, quando a ex-primeira-dama Hillary Clinton finalmente saiu da disputa pela candidatura do partido e declarou total apoio ao ex-rival.
Ao decidir iniciar a campanha pela Carolina do Norte, onde os democratas não vencem há pelo menos três décadas, o senador -cuja candidatura será confirmada em convenção em agosto- deixa clara sua intenção de competir agressivamente mesmo em redutos tradicionalmente republicanos.
Virgínia, Colorado e Nevada também estão na sua agenda de comícios. Segundo analistas, a diferença extrema de perfis dos candidatos deve acentuar a tendência de que alguns Estados mudem de lado em relação à eleição de 2004, quando o republicano George W. Bush se reelegeu ao derrotar o democrata John Kerry.
Em seguida, Obama deve focar esforços na Flórida e em Missouri, Estados que certamente serão decisivos no resultado das eleições em novembro e onde o senador por Illinois ainda precisa conseguir apoio de boa parcela de eleitores.
A estratégia marca ainda sua movimentação para ampliar sua equipe no Partido Democrata e ganhar maior sustentação à campanha. Ontem, Jason Furman, nome ligado diretamente ao ex-presidente Bill Clinton, se juntou à equipe de Obama, assumindo o posto de diretor de política econômica.
Para vencer em novembro, Obama sabe que precisa atrair os eleitores que respaldaram a ex-primeira-dama durante as primárias: mulheres, operários brancos, pessoas mais velhas e o eleitorado hispânico.
Durante as primárias, Hillary e Obama se comprometeram a se unir contra o republicano John McCain, independentemente de quem fosse escolhido candidato. Porém, ainda parece difícil descobrir a fórmula para conquistar boa parte dos 17 milhões que apoiaram a senadora.
"Ele vai mostrar a clara diferença entre sua candidatura e a de McCain quando a discussão vier para a economia", disse Bill Burton, porta-voz de Obama. A declaração também indica o desejo do senador de trazer o debate para a área econômica, após semanas de intensas discussões sobre política externa.
Os EUA passam por uma grave crise econômica que ameaça culminar em recessão.


Com "Financial Times" e agências internacionais


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