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TERROR EM LONDRES
Mais atentados não estão descartados; Scotland Yard, que desconhece autoria dos ataques, diz haver impedido duas explosões
Polícia pede que britânicos fiquem alertas
DE LONDRES
Enquanto tentavam avançar
nas investigações sobre os atentados de anteontem, a polícia e o
serviço de inteligência britânicos
fizeram um apelo e mandaram
uma mensagem de alerta à população. O pedido era por informações, o recado era que a vigilância
precisa ser mantida. Ou seja, mais
atentados não estão descartados.
Tudo indicava ainda não haver
progresso significativo na procura de pistas para responder às
duas perguntas principais: quem
fez os ataques e como. O chefe da
polícia britânica (a Scotland
Yard), sir Ian Blair, disse que as
explosões guardam semelhanças
com as provocadas no passado
pela rede Al Qaeda. Mas ressaltou
que os autores dos ataques podem "estar foragidos no Reino
Unido ou no exterior ou mortos".
A Scotland Yard revelou que
impediu a explosão de outras
duas bombas na quinta-feira.
"O mais importante é que nós
precisamos da ajuda da comunidade. Ela pode ser nossos olhos e
ouvidos, e muitos teriam visto
coisas que fogem da normalidade", afirmou Andy Hayman, o segundo na hierarquia da Scotland
Yard.
Já Ian Blair afirmou que não há
"absolutamente nada que sugira
que isso foi um ataque suicida
com bombas, embora nada nesse
estágio possa ser descartado".
Uma reportagem -não confirmada- publicada hoje pelo periódico norte-americano "The
New York Times" afirmava que as
bombas haviam sido detonadas
pelos chamados "timers" (aparelhos que permitem programar
acionamento da bomba). Se isso
for verdade, é provável que os terroristas estejam vivos e no Reino
Unido.
A polícia divulgou ontem que
cada uma das bombas devia conter cerca de 4,5 kg de explosivos e
poderia ter sido carregada em
mochilas comuns.
Especialistas comentavam que
as mesmas foram feitas de forma
pouco sofisticada, o que poderia
indicar que os autores dos atentados agiram diretamente de Londres.
A imprensa britânica especulava ontem que a polícia cogita que
os ataques estejam ligados a terroristas do norte da África. Informavam que o serviço de inteligência britânico havia pedido ajuda
internacional para localizar o
marroquino Mohammed al Gerbouzi, associado aos ataques de
Madri e Casablanca, depois dos
quais desapareceu de Londres,
onde morava.
(ÉRICA FRAGA)
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