São Paulo, segunda-feira, 09 de julho de 2007

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Mortos chegam a 150 e tornam atentado 2º pior desde invasão

DA REDAÇÃO

O número de mortos no atentado com um caminhão-bomba em um mercado do vilarejo de Amirli, no sábado, subiu para 150, tornando este o segundo ataque mais sangrento desde a invasão americana ao Iraque, em 2003.
O atentado mais mortífero, também com um caminhão-bomba, matou 152 pessoas em março deste ano, em Tal Afar, norte do país. O total de mortos em diferentes ataques no último fim de semana chega a 250.
Em Amirli, ao norte de Bagdá, a polícia e os moradores continuaram ontem a buscar corpos enterrados sob os escombros do mercado.
Segundo oficiais iraquianos, que atribuem o atentado à Al Qaeda, 250 pessoas ficaram feridas e 20 ainda estão desaparecidas. A maioria das vítimas era de mulheres e crianças que faziam compras no local.
Em outro atentado, um caminhão-bomba matou ontem 23 novos recrutas do Exército iraquiano perto da cidade de Haswa, ao sul de Bagdá. Segundo militares iraquianos, 27 soldados ficaram feridos.
Os soldados haviam acabado de se alistar na cidade de Fallujah, na província de Anbar, onde líderes tribais sunitas vêm incentivando a adesão às forças de segurança oficiais para combater a Al Qaeda.
Outros dois ataques a bomba mataram oito pessoas em Bagdá ontem. Além disso, a polícia encontrou 29 corpos na cidade.
Diante dos ataques, o vice-presidente Tarek al-Hashemi, um sunita, afirmou que os iraquianos têm direito de pegar em armas para se proteger: "O cidadão tem direito a ser protegido pelo governo e pelo aparato de segurança, mas quando há falhas não há alternativa além de o povo se defender."
Para Al-Hashemi, o Estado deve oferecer "dinheiro, armas e experiência" para a segurança, mas sob seu controle.
Os atentados no Iraque continuam, apesar da ofensiva militar de americanos e iraquianos com foco em Bagdá e arredores, onde os EUA acreditam que está a maioria dos grupos que preparam carros-bomba.


Com agências internacionais


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