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Israel aprova libertação de 250 palestinos
Medida, que não inclui presos "com sangue nas mãos", busca fortalecer o presidente Mahmoud Abbas
Mohammed Ballas/Associated Press
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Painel exibe retratos de palestinos pertencentes ao Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, e presos em Jenin, na Cisjordânia |
DA REDAÇÃO
O gabinete israelense aprovou ontem a libertação de 250
prisioneiros palestinos. A medida tem o objetivo de fortalecer Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina e líder do partido laico
Fatah - e isolar o grupo islâmico Hamas, que passou a controlar a faixa de Gaza militarmente há pouco menos de um mês.
"Penso que é um gesto que
vale fazer", disse o premiê israelense, Ehud Olmert. "Queremos usar qualquer meio que
possa reforçar os elementos
moderados na Autoridade Nacional Palestina."
Olmert, contudo, afirmou
que não serão soltos "prisioneiros com sangue nas mãos"
-termo que Israel utiliza para
se referir a palestinos presos
por atentados que tenham provocado mortes de israelenses.
O premiê de Israel havia prometido libertar prisioneiros do
Fatah, em uma cúpula com Abbas realizada no mês passado. A
medida fazia parte de uma
campanha para apoiar o gabinete de emergência nomeado
por Abbas após a tomada de
Gaza pelo Hamas.
Os dois líderes devem voltar
a se reunir nesta semana.
Liga Árabe
Membros da Liga Árabe propuseram enviar negociadores a
Israel nos próximos dias para
conversar com o governo sobre
sua proposta de paz.
As visitas dos ministros das
Relações Exteriores do Egito e
da Jordânia seriam as primeiras realizadas pelo grupo de
trabalho da organização, que
foi criado em abril passado.
Segundo fontes diplomáticas
egípcias, o encontro pode ocorrer na próxima quinta-feira.
A proposta que será apresentada pelos representes da Liga
Árabe oferece a Israel a normalização de suas relações com todos os Estados árabes.
Em troca, pede sua completa
retirada dos territórios ocupados durante a Guerra dos Seis
Dias -que completou 40 anos
em junho passado-, a criação
de um Estado palestino e também uma "solução justa" para
os refugiados palestinos.
Autoridades israelenses haviam afirmado, na semana passada, acreditarem que o plano
estaria suspenso devido às objeções sauditas aos esforços
ocidentais de isolar os membros do Hamas.
Segundo a porta-voz do primeiro-ministro Ehud Olmert,
Miri Eisin, "eles [egípcios e jordanianos] anunciaram suas intenções, mas o encontro ainda
não foi agendado".
Primeiro encontro
A ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni,
encontrou-se ontem com o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, em Jerusalém. Foi
o primeiro encontro entre ambos desde que Livni assumiu o
gabinete. O Hamas não reconheceu o governo de emergência criado por Abbas e manteve
Ismail Haniyieh no cargo.
A conversa entre Livni e Fayyad girou, sobretudo, em torno
da situação da Autoridade Nacional Palestina e dos meios para melhorar as vidas dos moradores dos territórios ocupados,
preservando, ao mesmo tempo,
os interesses de segurança israelenses.
Com agências internacionais
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