São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2004

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ORIENTE MÉDIO

Korei ameaça renunciar

Sharon aceita mudar traçado da barreira

DA REDAÇÃO

O premiê de Israel, Ariel Sharon, concordou em aproximar da divisa entre o país e a Cisjordânia a barreira que seu governo está erguendo, aliviando a vida dos palestinos, de acordo com as recomendações da Suprema Corte. Porém o primeiro-ministro insistiu em que alguns dos principais assentamentos judaicos permaneçam no lado israelense.
Em Ramallah (Cisjordânia), o premiê Ahmed Korei enviou uma carta de renúncia ao presidente Iasser Arafat. O líder palestino não a aceitou. Korei já ameaçara renunciar anteriormente após disputas de poder com Arafat. Mas sempre voltou atrás.
A posição de Sharon foi divulgada em reunião que ele teve com autoridades do Ministério da Defesa e da Suprema Corte, na qual foram descritas quais as alterações a serem feitas no traçado na barreira. O próximo passo do premiê é levar o projeto para votação no seu gabinete.
O procurador-geral de Israel, Menachem Mazuz, pediu em agosto que o governo reestudasse o percurso da barreira para que ela não impusesse tantas dificuldades aos palestinos. Teme-se também que a imagem de Israel fique desgastada no exterior devido à construção da barreira.
A Corte Internacional de Haia (Holanda) afirmou, em julho, que a barreira é ilegal.
Segundo o traçado aprovado por Sharon, três dos maiores assentamentos judaicos na Cisjordânia -Maale Adumim, Ariel e Gush Etzion- devem ficar no lado israelense. Por outro lado, algumas colônias no sul ficarão separadas do restante do país.
O governo palestino classificou de "cosmética" a mudança no traçado proposto por Israel. Os palestinos afirmam que o objetivo da barreira é inviabilizar a criação de um Estado palestino no futuro.
Israel diz que a barreira serve para garantir a segurança do país e impede a entrada de terroristas no território israelense.


Com agências internacionais


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