|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Korei ameaça renunciar
Sharon aceita mudar traçado da barreira
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Ariel Sharon, concordou em aproximar da
divisa entre o país e a Cisjordânia
a barreira que seu governo está
erguendo, aliviando a vida dos
palestinos, de acordo com as recomendações da Suprema Corte.
Porém o primeiro-ministro insistiu em que alguns dos principais
assentamentos judaicos permaneçam no lado israelense.
Em Ramallah (Cisjordânia), o
premiê Ahmed Korei enviou uma
carta de renúncia ao presidente
Iasser Arafat. O líder palestino
não a aceitou. Korei já ameaçara
renunciar anteriormente após
disputas de poder com Arafat.
Mas sempre voltou atrás.
A posição de Sharon foi divulgada em reunião que ele teve com
autoridades do Ministério da Defesa e da Suprema Corte, na qual
foram descritas quais as alterações a serem feitas no traçado na
barreira. O próximo passo do premiê é levar o projeto para votação
no seu gabinete.
O procurador-geral de Israel,
Menachem Mazuz, pediu em
agosto que o governo reestudasse
o percurso da barreira para que
ela não impusesse tantas dificuldades aos palestinos. Teme-se
também que a imagem de Israel
fique desgastada no exterior devido à construção da barreira.
A Corte Internacional de Haia
(Holanda) afirmou, em julho, que
a barreira é ilegal.
Segundo o traçado aprovado
por Sharon, três dos maiores assentamentos judaicos na Cisjordânia -Maale Adumim, Ariel e
Gush Etzion- devem ficar no lado israelense. Por outro lado, algumas colônias no sul ficarão separadas do restante do país.
O governo palestino classificou
de "cosmética" a mudança no traçado proposto por Israel. Os palestinos afirmam que o objetivo
da barreira é inviabilizar a criação
de um Estado palestino no futuro.
Israel diz que a barreira serve
para garantir a segurança do país
e impede a entrada de terroristas
no território israelense.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Bush consumiu cocaína, diz livro nos EUA Próximo Texto: Panorâmica - 11 de setembro: Consulado dos EUA no Rio pede segurança reforçada Índice
|