São Paulo, sábado, 09 de setembro de 2006

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GUERRA AO TERROR

Após um ano, ONU aprova plano contra o terrorismo

DA REDAÇÃO

A Assembléia Geral da ONU aprovou ontem a adoção de um plano contra o terrorismo, apesar de muitos países terem ficado insatisfeitos com a ausência de uma definição do termo e de referências a Estados que cometam atos terroristas.
Aprovado por consenso, o documento é o resultado de um ano de trabalho árduo para que se chegasse a um acordo que como as Nações Unidas podem colaborar na luta contra o terrorismo.
Muito no projeto repete compromissos anteriores no âmbito da ONU, como a promessa de implementar as resoluções sobre o tema tomadas pela Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança.
Há ainda trechos que são vagos ou difíceis de implementar, como os compromissos de promover o Estado de Direito e a "cultura da paz", ou de atingir os Objetivos do Milênio, ou de encorajar o diálogo entre pessoas de diferentes crenças.
Por outro lado, há pontos que podem se tornar úteis, incluindo as recomendações de que as Nações Unidas e seus membros criem um banco de dados sobre "incidentes biológicos", adotem medidas de combate ao terrorismo na internet e intensifiquem as ações contra a falsificação de passaportes.
"Acho que é primeira vez que os 192 países [membros da ONU] se juntam e dão um passo na questão do terrorismo. Agora, o teste será como vamos implementar isso", disse o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan.
O tema é tratado com dificuldades na ONU por causa da falta de consenso para se definir o que constitui terrorismo. Israelenses e palestinos, por exemplo, se acusam mutuamente de atos terroristas. Poucos países enviaram seus embaixadores nas Nações Unidas para a sessão em que o plano foi aprovado, o que indica descrédito da iniciativa ou insatisfação.


Com agências internacionais

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