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GUERRA AO TERROR
Após um ano, ONU aprova plano contra o terrorismo
DA REDAÇÃO
A Assembléia Geral da
ONU aprovou ontem a adoção de um plano contra o terrorismo, apesar de muitos
países terem ficado insatisfeitos com a ausência de uma
definição do termo e de referências a Estados que cometam atos terroristas.
Aprovado por consenso, o
documento é o resultado de
um ano de trabalho árduo
para que se chegasse a um
acordo que como as Nações
Unidas podem colaborar na
luta contra o terrorismo.
Muito no projeto repete
compromissos anteriores no
âmbito da ONU, como a promessa de implementar as resoluções sobre o tema tomadas pela Assembléia Geral e
pelo Conselho de Segurança.
Há ainda trechos que são
vagos ou difíceis de implementar, como os compromissos de promover o Estado de Direito e a "cultura da
paz", ou de atingir os Objetivos do Milênio, ou de encorajar o diálogo entre pessoas de
diferentes crenças.
Por outro lado, há pontos
que podem se tornar úteis,
incluindo as recomendações
de que as Nações Unidas e
seus membros criem um
banco de dados sobre "incidentes biológicos", adotem
medidas de combate ao terrorismo na internet e intensifiquem as ações contra a
falsificação de passaportes.
"Acho que é primeira vez
que os 192 países [membros
da ONU] se juntam e dão um
passo na questão do terrorismo. Agora, o teste será como
vamos implementar isso",
disse o secretário-geral das
Nações Unidas, Kofi Annan.
O tema é tratado com dificuldades na ONU por causa
da falta de consenso para se
definir o que constitui terrorismo. Israelenses e palestinos, por exemplo, se acusam
mutuamente de atos terroristas. Poucos países enviaram seus embaixadores nas
Nações Unidas para a sessão
em que o plano foi aprovado,
o que indica descrédito da
iniciativa ou insatisfação.
Com agências internacionais
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