|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crise congela a rivalidade entre as maiores potências asiáticas
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro Shinzo
Abe afirmou ontem a seus interlocutores chineses estar
consciente "dos enormes prejuízos e sofrimentos" provocados pelo Japão aos seus vizinhos asiáticos.
Era o que os chineses gostariam de ter ouvido. Foi um pedido velado de perdão pelas
atrocidades que os japoneses
cometeram na China durante a
Segunda Guerra Mundial.
Os governantes de Tóquio e
Pequim não se encontravam
havia cinco anos. Independentemente de rivalidades históricas, as relações estavam azedas
porque o antecessor de Abe,
Junichiro Koizumi, em gestos
de agrado aos extremistas da
direita japonesa, visitou nada
menos que seis vezes o santuário de Yasukuni.
O templo homenageia 2,5
milhões de militares japoneses
mortos ao longo de conflitos regionais. Mas entre eles há 14
oficiais que durante a Segunda
Guerra foram considerados criminosos de guerra por cortes
internacionais, durante a ocupação militar da Manchúria,
em território chinês.
Ao visitar ontem Pequim e
hoje Seul -os sul-coreanos
também haviam congelado pelo mesmo motivo os contatos
bilaterais de alto nível-, Abe
rompe com tradição segundo a
qual a primeira viagem externa
de um primeiro-ministro japonês é sempre para Washington.
Potências econômicas que
disputam a hegemonia no leste
asiático, Japão e China discordam sobre Taiwan e, em seus
cálculos, nutrem fortes desconfianças sobre o acirramento de
um processo de rearmamento
que transformaria o outro lado
em alvo potencial.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Teste nuclear coreano une China e Japão Próximo Texto: UE pressiona Rússia sobre morte de repórter Índice
|