São Paulo, segunda-feira, 09 de outubro de 2006

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Crise congela a rivalidade entre as maiores potências asiáticas

DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro Shinzo Abe afirmou ontem a seus interlocutores chineses estar consciente "dos enormes prejuízos e sofrimentos" provocados pelo Japão aos seus vizinhos asiáticos.
Era o que os chineses gostariam de ter ouvido. Foi um pedido velado de perdão pelas atrocidades que os japoneses cometeram na China durante a Segunda Guerra Mundial.
Os governantes de Tóquio e Pequim não se encontravam havia cinco anos. Independentemente de rivalidades históricas, as relações estavam azedas porque o antecessor de Abe, Junichiro Koizumi, em gestos de agrado aos extremistas da direita japonesa, visitou nada menos que seis vezes o santuário de Yasukuni.
O templo homenageia 2,5 milhões de militares japoneses mortos ao longo de conflitos regionais. Mas entre eles há 14 oficiais que durante a Segunda Guerra foram considerados criminosos de guerra por cortes internacionais, durante a ocupação militar da Manchúria, em território chinês.
Ao visitar ontem Pequim e hoje Seul -os sul-coreanos também haviam congelado pelo mesmo motivo os contatos bilaterais de alto nível-, Abe rompe com tradição segundo a qual a primeira viagem externa de um primeiro-ministro japonês é sempre para Washington.
Potências econômicas que disputam a hegemonia no leste asiático, Japão e China discordam sobre Taiwan e, em seus cálculos, nutrem fortes desconfianças sobre o acirramento de um processo de rearmamento que transformaria o outro lado em alvo potencial.


Com agências internacionais


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