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França proibirá fumo em lugares públicos
Segundo medida do premiê Villepin, restrições entram em vigor em 2007 e se estendem a bares em 2008
DA REDAÇÃO
A França, um dos últimos redutos dos fumantes inveterados, passará a banir o fumo em
locais públicos. A medida,
anunciada ontem pelo primeiro-ministro Dominique de Villepin na rádio RTL e na emissora de televisão LCI, passará a
vigorar em fevereiro do ano que
vem em estações, museus, escritórios de governo e lojas.
Ruas e lugares privados, como casas e quartos de hotéis,
serão poupados da proibição
que, a partir de 1º de janeiro de
2008, se estenderá também a
bares, restaurantes e casas noturnas.
Com isso, a França se torna o
último país europeu a integrar
o que seria uma espécie de esquadrão antifumo do velho
continente. A Irlanda baniu totalmente o fumo em lugares
públicos em 2004, enquanto
Itália, Suécia, Escócia, noruega
e Espanha fizeram restrições
de graus variados. Bélgica, Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e
Portugal também devem tornar suas regras mais severas
em 2007.
Villepin planeja anunciar a
decisão por decreto nos próximos dias, evitando, dessa forma, debates parlamentares explosivos que poderiam acalorar
as discussões sobre as próximas eleições presidencial e legislativa, marcadas para o ano
que vem.
Um documento apresentado
por um grupo de parlamentares franceses na última quarta-feira defendia a proibição total
do fumo no país, algo que poderia causar graves problemas para as tabacarias do país.
Segundo dados do texto, entre 2.500 e 5.800 fumantes passivos morrem anualmente em
todo o mundo, enquanto a taxa
entre os fumantes ativos é de
66 mil vítimas anuais. Pesquisas feitas regularmente indicam que a maioria dos franceses é a favor da restrição.
Impostos
Villepin se negou a comentar
o impacto econômico nos impostos sobre tabaco recolhidos
pelo governo, afirmando que a
saúde da população é mais importante do que os problemas
fiscais decorrentes da medida.
Outra possibilidade, também
apresentada pelos parlamentares, é a criação de fumódromos
em locais públicos, lugares onde o fumo seria liberado. Villepin sinalizou ser a favor da
idéia, porém, nenhum tipo de
serviço poderia ser prestado
nessas áreas, para não comprometer a saúde de garçons, de
atendentes e de outros empregados do estabelecimento.
Com agências internacionais
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