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Na apuração, Bush se isolou com assessores
JIM RUTENBERG
DO "NEW YORK TIMES"
Desta vez não houve
imagens alegres do presidente Bush recebendo os
resultados da eleição na
companhia de amigos e familiares, instalados em
torno de um bufê bem
abastecido na ala residencial da Casa Branca. A cena
de 2004 se repetiu, mas,
diante dos sinais generalizados de que os democratas estavam na dianteira,
os participantes preferiram realizá-la a portas fechadas. A Casa Branca não
convidou equipes de TV
para registrar o momento.
Até o último minuto, a
Presidência manteve firmemente o otimismo adotado pelo presidente. Na
manhã da terça-feira, em
um vôo de Washington para o Texas, o porta-voz,
Tony Snow, recusou-se
mais uma vez a responder
perguntas sobre o que
Bush faria caso os democratas obtivessem ao menos o controle da Câmara.
Bush votou numa caserna de bombeiros, no Texas, fornecendo imagens
para os telejornais da hora
do almoço. Depois voou de
volta para Washington.
O presidente e Laura
Bush começaram a assistir
à apuração na ala residencial da Casa Branca, depois
de uma sopa, salada de tomate e filé mal passado.
Sentados com eles diante dos televisores estava
um grupo de amigos que
incluía o financista Brad
Freeman, o ex-secretário
do Comércio Donald
Evans, o presidente do Comitê Nacional Republicano, Ken Mehlman, e o assessor político Karl Rove.
Sara Taylor, a diretora
de assuntos políticos da
Presidência, estava acompanhando a apuração num
anexo da Casa Branca, onde usava dois computadores e 17 pastas sobre os distritos eleitorais.
Snow informou aos repórteres que Bush não faria pronunciamento público na noite de terça-feira, e que só no dia seguinte
faria seus comentários.
Questionado se Bush telefonaria para a deputada
Nancy Pelosi, da Califórnia, a democrata que presumivelmente assumirá a
presidência da Câmara
com a vitória de seu partido, Snow disse que "o presidente faz telefonemas na
noite da eleição. Mas não
vou tratar de hipóteses".
No entanto, por volta
das 22h30,os funcionários
republicanos admitiam
como certa a vitória democrata na Câmara. Às
23h30, o outro porta-voz
da Presidência, Tony Fratto, disse que Rove havia informado a Bush sobre essa
derrota, e que o presidente
ficou "decepcionado", mas
continuava esperançoso
quanto ao Senado.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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