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ORIENTE MÉDIO
Atentado mata pelo menos 42 militares no Paquistão
DA REDAÇÃO
No maior ataque suicida
contra as tropas paquistanesas, um homem-bomba matou pelo menos 42 soldados e
feriu outros 20 ao se explodir
em um campo de treinamento na cidade de Dargai, no
noroeste do país.
Segundo nota do Exército
local, um homem enrolado
em uma manta entrou correndo na área de treinamento e se explodiu no local onde
cerca de 200 recrutas estavam reunidos. Um segundo
homem, afirmam os militares, também participou da
operação, mas não conseguiu detonar os explosivos e
fugiu em uma motocicleta.
Até o momento, nenhum
grupo assumiu a autoria da
atentado, mas a suspeita é
que se trata de uma retaliação à ação do Exército que
matou na semana passada 80
pessoas em uma escola islâmica próxima à fronteira afegã. No ataque foi morto
Maulvit Liaqut, um dos líderes do Movimento pela Execução da Lei Islâmica, grupo
que foi banido do país e é
acusado de receber dinheiro
da Al Qaeda e enviar militantes ao Afeganistão. A cidade
de Dargai fica em uma região
que é uma das bases da organização de Liaqut.
Para o ex-comandante do
Exército paquistanês Mirza
Aslam Beg, a ação já era esperada. "Trata-se de uma vingança tribal. Eles disseram
que iriam se vingar e acho
que tentarão igualar o número [de mortos]", afirmou ao
"New York Times".
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