São Paulo, quinta-feira, 09 de novembro de 2006

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ORIENTE MÉDIO

Atentado mata pelo menos 42 militares no Paquistão

DA REDAÇÃO

No maior ataque suicida contra as tropas paquistanesas, um homem-bomba matou pelo menos 42 soldados e feriu outros 20 ao se explodir em um campo de treinamento na cidade de Dargai, no noroeste do país.
Segundo nota do Exército local, um homem enrolado em uma manta entrou correndo na área de treinamento e se explodiu no local onde cerca de 200 recrutas estavam reunidos. Um segundo homem, afirmam os militares, também participou da operação, mas não conseguiu detonar os explosivos e fugiu em uma motocicleta.
Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria da atentado, mas a suspeita é que se trata de uma retaliação à ação do Exército que matou na semana passada 80 pessoas em uma escola islâmica próxima à fronteira afegã. No ataque foi morto Maulvit Liaqut, um dos líderes do Movimento pela Execução da Lei Islâmica, grupo que foi banido do país e é acusado de receber dinheiro da Al Qaeda e enviar militantes ao Afeganistão. A cidade de Dargai fica em uma região que é uma das bases da organização de Liaqut.
Para o ex-comandante do Exército paquistanês Mirza Aslam Beg, a ação já era esperada. "Trata-se de uma vingança tribal. Eles disseram que iriam se vingar e acho que tentarão igualar o número [de mortos]", afirmou ao "New York Times".


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