São Paulo, sexta-feira, 09 de novembro de 2007

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Polícia cerca campi para evitar protesto

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A classe média moderada, que apoiou ou se calou sobre o golpe de 1999, cansou. "Nunca participei de atividades políticas. Não sou membro de partido ou setor religioso. Mas basta: está ficando sem sentido ser paquistanês. Não somos livres", disse à Folha Umayr Hassan, 24, professor e ex-aluno da Fundação para o Progresso Científico e Tecnológico, palco de atos de resistência que pululam nas universidades.
No país onde mais mil pessoas morreram desde julho em atos ligados à insurgência de grupos fundamentalistas, a polícia parece determinada a extinguir todo foco de resistência pacífica. Em Lahore, segunda cidade paquistanesa, policiais cercam campi, pressionando estudantes a delatar líderes.
"Mal era um protesto; seria um ensaio do ato planejado para sexta. Não mais que 50 alunos e professores participavam. Começamos carregando cartazes em silêncio. Depois alguns alunos cantaram slogans. Sequer esperávamos ser ouvidos: só sabíamos que aquilo precisava ser feito", relata Hassan, sobre ato que resultou em cerco militar à fundação onde leciona, na última quarta-feira. A situação se repetiu na Lums (Universidade de Administração de Lahore), onde estudantes foram trancados nos alojamentos. (CLARA FAGUNDES)


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