|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Rússia mantém corte de gás após chegada de missão da UE
DA REDAÇÃO
Técnicos da União Europeia
chegaram ontem à Ucrânia, onde vão monitorar os dutos que
transportam gás russo para o
continente europeu. A presença dos monitores é uma exigência de Moscou para voltar a
abastecer normalmente o continente, onde os cortes no fornecimento afetaram 18 países
em pleno inverno.
O desabastecimento levou ao
fechamento de fábricas no Leste Europeu, onde centenas de
milhares de casas ficaram sem
aquecimento central, a temperaturas abaixo de 0C. Ontem,
residências sérvias voltaram a
receber gás, vindo de Alemanha
e Hungria, em um plano de
contingência, enquanto o fluxo
pelos dutos ucranianos continua interrompido.
"Todas as condições acertadas entre os líderes de UE, Rússia e Ucrânia para restabelecer
o abastecimento foram cumpridas", afirma nota da Comissão Europeia, divulgada ontem.
A estatal russa Gazprom, porém, insiste que um acordo estabelecendo detalhes sobre o
monitoramento precisa ser assinado antes de se restabelecer
o fluxo de gás via Ucrânia, paralisado na última quarta-feira.
"Nosso objetivo é mostrar de
quem é a culpa pelo roubo do
gás", afirmou o presidente russo, Dmitri Medvedev.
O premiê da República Tcheca, Mirek Topolanek, que ocupa a presidência rotativa da EU,
participou ontem de negociações em Kiev e deve embarcar
hoje para Moscou.
"[Os russos] estão apenas
perdendo tempo, tentando tornar o processo o mais demorado possível", criticou Valentyn
Zemlyansky, porta-voz da estatal energética ucraniana Naftogaz. A empresa é acusada por
Moscou de desviar o gás destinado à Europa desde a suspensão do fornecimento ao mercado ucraniano, em 1º de janeiro,
após impasse comercial.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Iraniano vê metas comuns com Brasil Próximo Texto: Paraguai: Exército vai combater grupo insurgente Índice
|