São Paulo, sábado, 10 de janeiro de 2009

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Rússia mantém corte de gás após chegada de missão da UE

DA REDAÇÃO

Técnicos da União Europeia chegaram ontem à Ucrânia, onde vão monitorar os dutos que transportam gás russo para o continente europeu. A presença dos monitores é uma exigência de Moscou para voltar a abastecer normalmente o continente, onde os cortes no fornecimento afetaram 18 países em pleno inverno.
O desabastecimento levou ao fechamento de fábricas no Leste Europeu, onde centenas de milhares de casas ficaram sem aquecimento central, a temperaturas abaixo de 0C. Ontem, residências sérvias voltaram a receber gás, vindo de Alemanha e Hungria, em um plano de contingência, enquanto o fluxo pelos dutos ucranianos continua interrompido.
"Todas as condições acertadas entre os líderes de UE, Rússia e Ucrânia para restabelecer o abastecimento foram cumpridas", afirma nota da Comissão Europeia, divulgada ontem.
A estatal russa Gazprom, porém, insiste que um acordo estabelecendo detalhes sobre o monitoramento precisa ser assinado antes de se restabelecer o fluxo de gás via Ucrânia, paralisado na última quarta-feira. "Nosso objetivo é mostrar de quem é a culpa pelo roubo do gás", afirmou o presidente russo, Dmitri Medvedev.
O premiê da República Tcheca, Mirek Topolanek, que ocupa a presidência rotativa da EU, participou ontem de negociações em Kiev e deve embarcar hoje para Moscou.
"[Os russos] estão apenas perdendo tempo, tentando tornar o processo o mais demorado possível", criticou Valentyn Zemlyansky, porta-voz da estatal energética ucraniana Naftogaz. A empresa é acusada por Moscou de desviar o gás destinado à Europa desde a suspensão do fornecimento ao mercado ucraniano, em 1º de janeiro, após impasse comercial.

Com agências internacionais


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