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Irã tem de mandar sinais de que quer agir de outra forma, afirma presidente
DE WASHINGTON
Irã e Paquistão monopolizaram os poucos momentos dedicados à política externa no encontro de Barack Obama, ontem, com jornalistas. Do primeiro, com o qual os EUA estão
rompidos há 30 anos, o presidente espera "sinais".
"Agora é a hora de o Irã mandar alguns sinais de que quer
agir diferentemente e reconhecer que, com o direito de fazer
parte da comunidade internacional virão responsabilidades", afirmou, depois de dizer
que sua equipe procurava
"aberturas" nos próximos meses para que os dois países
"sentem-se na mesma mesa" e
olhem-se "rosto no rosto".
"Vamos estabelecer um conjunto de objetivos que teremos
nessas conversas, mas acho que
há a possibilidade de pelo menos uma relação de respeito
mútuo e progresso", disse.
Obama recuaria parcialmente na promessa de campanha
de permitir à imprensa acesso à
chegada dos corpos dos soldados mortos em ação nas guerras do Iraque e do Afeganistão.
"Minha equipe está revisando
essa política com o Departamento de Defesa", afirmou.
Sobre o Paquistão, respondendo à pergunta da veterana
jornalista Helen Thomas e referindo-se a membros da Al
Qaeda e de outras organizações
terroristas na fronteira com o
Afeganistão, disse que não era
"aceitável" para aquele país ou
para os EUA "ter pessoas que,
com impunidade, matam homens, mulheres e crianças".
Prometeu ainda trabalhar
com a Rússia para evitar uma
corrida nuclear no Oriente Médio. "Com uma corrida nuclear
numa região tão volátil como
essa, todo o mundo corre perigo", disse Obama. "Uma de minhas metas é prevenir a proliferação nuclear de maneira geral,
e eu acho que é importante para os EUA, em acordo com a
Rússia, liderar nesse campo."
A jornalista provocara Obama, dizendo se ele sabia de algum país no Oriente Médio que
tinha armas nucleares -Israel
não declara as suas. Ele evitou o
assunto ao dizer que não iria
"especular". Indagada depois
pela Folha se estava satisfeita
com a resposta do presidente, o
décimo que entrevista, Thomas disse: "De jeito nenhum!
Ele se saiu pela tangente".
(SD)
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