São Paulo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

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OCEANIA

Mortos em onda de incêndios na Austrália chegam a 173

DA FRANCE PRESSE

Os piores incêndios da história da Austrália mataram ao menos 173 pessoas, segundo o último balanço oficial divulgado nesta manhã (noite de ontem no Brasil). E a perspectiva é de um crescimento na cifra das vítimas.
"Está sendo feito um grande esforço para controlar [o fogo], mas tragicamente a quantidade de mortos aumentará durante a semana", reconheceu John Brumby, primeiro-ministro do Estado de Victoria, em um pronunciamento à TV pública.
Militares e bombeiros amanheceram hoje lutando contra as chamas, enquanto autoridades advertiam para o risco de um recrudescimento dos focos de incêndio no sudeste do território de Victoria -a variação dos ventos ameaça alimentar as chamas para além das linhas de contenção montadas nos últimos dias.
O fogo, que afetou cidades e matou famílias inteiras na Austrália, causou tristeza e desolação -mas também revolta e indignação, depois que a polícia revelou que alguns focos foram provocados. O premiê australiano, Kevin Rudd, acusou os autores de terem perpetrado "assassinatos em massa".
O Parlamento suspendeu suas atividades, para marcar o que o vice-premiê qualificou como "um dos dias mais tristes" da Austrália em tempos de paz. Imagens das chamas dominam as capas dos jornais, notícias na televisão e páginas na internet no país.
Alimentadas por uma prolongada onda de calor, as chamas devastaram cerca de 3.000 km 2 -o equivalente a duas cidades de São Paulo.
Em alguns pontos, a polícia levantou um cordão de segurança, isolando algumas áreas devastadas, para averiguar se queimaram em decorrência da ação de piromaníacos. Além disso, autoridades bloquearam o acesso de veículos a Marysville, no noroeste de Victoria, indicando que havia corpos nas ruas, segundo a agência de notícias locais Australian Associated Press.


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