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Filas e violência marcam eleição no Zimbábue
DA REUTERS
Grandes filas marcaram
ontem o primeiro dos dois
dias da eleição presidencial
do Zimbábue. O presidente
Robert Mugabe, 78, no poder há 22 anos, é acusado de
intimidar a oposição.
O candidato opositor
Morgan Tsvangirai, favorito
segundo sondagens eleitorais, disse que pedirá mais
dois dias de votação. E afirmou que a grande redução
no número de locais de votação nas áreas urbanas onde
tem sua base eleitoral pode
impedir o comparecimento
de muitos eleitores às urnas.
O Movimento para a Mudança Democrática (MDC)
de Tsvangirai disse que 30 de
seus fiscais eleitorais foram
agredidos por militantes do
partido governista, o Zanu-PF, em Shamva, a 120 km da
capital, Harare.
Tsvangirai, que fez uma
campanha baseada na profunda crise econômica do
país, acusa Mugabe de usar
violência, leis especiais e intimidação para se manter no
poder, diante de seu maior
desafio eleitoral desde a independência do Reino Unido, em 1980.
Até 4 milhões dos 13 milhões de zimbabuanos têm
dificuldade para obter alimento por causa da seca e da
violenta ocupação de fazendas da minoria branca realizada por simpatizantes de
Mugabe. A inflação anual
chegou a 117%, e o desemprego atinge 60% da força de
trabalho.
Ao votar sob forte segurança em subúrbio de Harare, Mugabe disse: "Eu aceitarei o resultado, mais do que
aceitarei, eu ganharei".
O MDC venceu em todos
os 19 distritos de Harare nas
eleições parlamentares de
2000. Tsvangirai disse que
hoje há menos 80 centros de
votação na cidade, apesar de
a população ter aumentado.
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