DA REDAÇÃO

O partido do presidente Nicolas Sarkozy, a UMP (centro-direita), sofreu grandes perdas após o primeiro turno das eleições municipais e cantonais na França, ontem. É uma derrota política para o presidente, que assumiu há menos de um ano.
Uma projeção feita pelo instituto de pesquisa CSA mostrava que os socialistas e outros esquerdistas obteriam 47,5% dos votos, enquanto a UMP e outros partidos de direita ficariam com 40%. "Naturalmente, estes não são bons resultados", disse Patrick Devedjian, secretário-geral da UMP.
Pela projeção, parecia certo que os socialistas continuariam no controle das duas maiores cidades francesas, Paris e Lyon, que tomaram da direita no pleito municipal de 2001. Também parecia que eles conseguiriam vencer na terceira cidade, Marselha, bem como em alguns bastiões da direita, como Estrasburgo e Toulouse.
Resultados definitivos só virão após o segundo turno, marcado para 16 de março.
Sarkozy, que foi eleito em maio passado prometendo reformar a economia e modernizar instituições, está com a popularidade em queda por conta do aumento do custo de vida e do descontentamento que seu estilo de vida ostentatório provoca. Pesquisas recentes mostram suas taxas de aprovação em 37%, contra um pico de 65%.
A maioria dos eleitores dizia que escolheria seus candidatos com base em considerações locais, mas a votação era também vista como um plebiscito sobre Sarkozy, que disse que manteria seu programa de reformas qualquer que fosse o resultado.
Jean Sarkozy, 21, filho do primeiro casamento do presidente, venceu a disputa para conselheiro cantonal de Neuilly-sur-Seine, bastião de seu pai, segundo a agência France Presse. Mas vários membros do gabinete que disputam cargos locais, incluindo a ministra da Economia, Christine Lagarde, enfrentam batalhas difíceis.