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Ataque mata policial e assusta Irlanda do Norte
3ª morte ocorre após visita de Brown para reafirmar paz
DA REDAÇÃO
Um policial foi assassinado
ontem à noite na Irlanda do
Norte, no segundo ataque com
características de emboscada
em dois dias. A morte acirrou
temores de retomada da violência sectária, estancada com
o acordo de paz de 1998.
O premiê britânico, Gordon
Brown, esteve ontem na Irlanda do Norte -um dos quatro
países do Reino Unido- para
reafirmar a validade do acordo
de paz, após o ataque de sábado,
atribuído a uma dissidência do
grupo separatista desmobilizado IRA (Exército Republicano
Irlandês).
Brown esteve na base militar
onde foram mortos dois soldados, que seguiriam para o Afeganistão, e reuniu-se com políticos locais. "[Queremos] passar uma mensagem ao mundo:
o processo político não foi e
nunca poderá ser abalado", disse o premiê.
Não há, por ora, planos de
nova intervenção do Exército
britânico, que patrulhou o país
até 2007, quando um governo
de união subiu ao poder. A estabilidade dos últimos anos é fruto do acordo que pôs fim, em
1998, ao conflito entre milícias
protestantes pró-Reino Unido
e os católicos do IRA, que queriam a união com a também católica Irlanda. O conflito matou
mais de 3.500 em três décadas.
A polícia investiga a participação do IRA Autêntico nos
ataques. A dissidência radical
surgiu em 1997, quando o comando do IRA renunciou à violência em apoio à negociação de
paz liderada pelo partido aliado
Sinn Fein. Um homem que se
identificou como membro do
grupo reivindicou o primeiro
ataque em telefonema a um
jornal irlandês no domingo.
Há temores de retaliação, sugerida em mensagens que circulam entre protestantes. Um
texto diz que "a guerra começou" e chama todos a "estarem
prontos para lutar de novo".
Com agências internacionais
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