|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
China reforça segurança no Tibete para data de levante
Presidente defende "grande muralha" de estabilidade
DA REDAÇÃO
O presidente da China, Hu
Jintao, defendeu ontem uma
"grande muralha" de estabilidade no Tibete "contra a secessão, para proteger a integridade
da pátria-mãe". A declaração
foi acompanhada de reforço da
segurança na região na véspera
dos 50 anos de levante liderado
pelo dalai-lama, que culminou
com o seu exílio.
Hu disse aos representantes
da Província no Congresso Nacional do Povo (o Parlamento
chinês), em Pequim, que é preciso "garantir a segurança nacional e a estabilidade social do
Tibete, e promover a ordem e a
tranquilidade duradouras". O
presidente foi secretário do PC
na Província.
Há um ano, o 49º aniversário
da tentativa de golpe contra o
regime comunista, liderada pelo dalai, gerou uma onda de
protestos na capital tibetana,
Lhasa, que se espalhou pela
Província separatista.
Os protestos deixaram ao
menos 22 mortos, segundo Pequim, a maioria chineses das
etnias han, majoritária no país,
e hui, cujos estabelecimentos
comerciais foram atacados nas
principais cidades do Tibete e
de Províncias vizinhas onde
também vivem tibetanos.
Para grupos pró-Tibete, os
mortos passaram de 200, e há
1.200 pessoas desaparecidas.
O governo chinês afirmou à
época que os distúrbios, que
motivaram no Ocidente pressões por boicote à Olimpíada de
Pequim, eram fomentados pelo
dalai-lama.
"Enviamos tropas para reforçar o controle nas fronteiras,
pontos de entrada e estradas",
disse Fu Hongyu, responsável
pela guarda fronteiriça do Ministério da Segurança Pública.
O governo chinês disse que
não espera repetição dos distúrbios do ano passado, mas está preparado para eventuais
protestos. "Como polícia armada, temos condições de lidar
com qualquer situação que surgir", disse o chefe da polícia chinesa no Tibete, Kang Jinzhong.
Um tibetano ouvido pela
France Presse em Lhasa disse
que "policiais armados patrulham a cidade 24 horas por dia.
É possível sair, mas só com documentos para a identificação".
Até agora, o único incidente
registrado foi um ataque com
artefatos explosivos contra um
carro de polícia e um caminhão
de bombeiros em Golog, capital
de Qinghai -habitada por tibetanos. Não houve feridos.
Na madrugada de hoje (hora
de Brasília), o dalai-lama, 73,
faria um pronunciamento sobre os 50 anos do levante que o
obrigou a fugir, estabelecendo
Dharamsala, na Índia, como sede no exílio. O líder espiritual e
político dos exilados tibetanos
defendeu uma comemoração
pacífica da data.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Coreia do Norte afirma estar de prontidão para guerra Próximo Texto: EUA acusam China de perseguir seus navios; Pequim aponta espionagem Índice
|