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Iraque deve servir de
exemplo, dizem EUA
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos anunciaram
ontem que sua prioridade é a "eliminação pacífica" de programas
de armas de destruição em massa
e que usaram a derrubada do regime de Saddam Hussein como
alerta para outros países que o governo americano acusa de manter
tais programas -Síria, Irã e Coréia do Norte.
O subsecretário de Estado dos
EUA para Controle de Armas e
Segurança Internacional, John R.
Bolton, disse que espera que "determinados países tirem a lição
apropriada do Iraque". Ontem,
em entrevista coletiva em Roma,
o subsecretário fez menções específicas aos três países, destacando
suspeitas sobre Damasco.
Síria como alvo
"Acho que a Síria é um bom caso. Espero que eles concluam que
devem desistir dos programas de
armas químicas e biológicas que
mantêm", declarou Bolton. Já a
Coréia do Norte e o Irã foram incluídos pelo presidente americano, George W. Bush, durante um
discurso em 2002, no "Eixo do
Mal" por retomarem seus programas nucleares.
O secretário da Defesa dos EUA,
Donald Rumsfeld, voltou ontem a
acusar a Síria de ajudar o regime
de Saddam. "Temos informações
de que a Síria tem cooperado ao
facilitar a entrada [de aliados de
Saddam" no país", afirmou. Os
EUA também acusam o país de
servir como acesso a equipamentos militares para o Iraque.
"Em alguns casos, [os aliados de
Saddam] ficam lá, em outros,
usam a Síria para ir a outros países." Segundo o secretário, entre
esses aliados estariam, possivelmente, "familiares do ditador".
Segundo a agência Reuters, pesquisa divulgada ontem cuja fonte
não foi citada mostraria que 42%
dos americanos entrevistados
apóiam uma ação militar contra a
Síria, caso se prove que o país auxiliou o Iraque -hipótese negada
pelo governo sírio. No mesmo estudo, 50% seriam favoráveis a um
ataque ao Irã, se o país mantiver o
programa nuclear, que o governo
iraniano diz ter fins pacíficos.
Entretanto, o subsecretário ressaltou que o caso iraquiano é "distinto" para os EUA, já que 12 anos
foram gastos em tentativas de
acabar com o suposto programa
de armas de destruição em massa
do país antes da ação militar.
Bolton reuniu-se com autoridades do Vaticano para discutir a reconstrução do Iraque e a ajuda
humanitária ao país. Foi a primeira visita oficial de uma autoridade
americana à Santa Sé, que se opôs
frontalmente ao confronto, após
o início da guerra, há 22 dias.
Com agências internacionais
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