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MULTIMÍDIA
Newsweek - de Nova York
Otan exagerou os números de sua campanha na Iugoslávia
ESTADOS UNIDOS - A campanha
aérea da Otan na Iugoslávia produziu resultados militares muito
inferiores aos divulgados pela organização, diz a revista.
Os ataques da aliança militar
ocidental contra as tropas do presidente iugoslavo, Slobodan Milosevic, ocorreram entre março e
junho do ano passado, durante a
Guerra de Kosovo.
Milosevic era acusado de patrocinar uma "limpeza étnica" (eliminação ou expulsão de indivíduos devido à sua etnia) contra
kosovares de etnia albanesa, que
são maioria na Província.
A ofensiva dos bombardeiros
da Otan foi considerada, na ocasião, como uma "revolução na
história da guerra", uma vez que
os alvos teriam sido destruídos
sem que nenhum piloto da Otan
fosse morto ou atingido. A operação ficou conhecida como "guerra virtual e eficiente".
A Otan havia dito que destruíra,
com seus aviões, centenas de alvos móveis sérvios, algo em torno
de 120 tanques, 220 carros blindados e mais de 450 peças de artilharias e morteiros.
Um relatório do Exército norte-americano revela que, na verdade,
foram destruídos 14 tanques, 18
carros blindados e 20 peças de artilharia.
Segundo a revista, os números
foram ampliados porque o comando da Otan estava sob pressão de Washington para enaltecer
os feitos da Aeronáutica e evitar o
envio de tropas terrestres. Se o
Exército norte-americano tivesse
sido acionado, certamente haveria baixas em suas tropas, algo
que não é tolerado pela opinião
pública dos EUA.
O bombardeio foi então apresentado como a melhor solução,
devendo também ser tido como
eficiente.
Com os novos números em
mãos, a revista quis ouvir a opinião dos militares sobre o assunto. Ao ser questionado sobre o
número de tanques abatidos, o
general Wesley Clark, comandante da Otan, respondeu secamente:
"O suficiente".
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