DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Barack Obama, deverá anunciar nos próximos dias o seu segundo indicado para a Suprema Corte. Elena Kagan, 50, que hoje advoga pelo governo na corte, é a mais cotada para substituir John Paul Stevens, que se aposentará.
A expectativa é de um anúncio hoje ou amanhã.
Tanto Stevens quanto Kagan são pró-liberal. A substituição não alteraria o equilíbrio do órgão, hoje com quatro liberais, quatro conservadores e um conservador moderado, Anthony Kennedy, que às vezes dá voto de Minerva.
Obama e o vice-presidente Joe Biden entrevistaram ao menos quatro candidatos. Além de Kagan, são eles três juízes federais: Diane Wood, 59, de Chicago; Merrick Garland, 57, que serve em Washington D.C; e Sidney Thomas, 56, de São Francisco.
A indicação de Kagan não seria livre de controvérsias: nunca atuou como juíza e trabalhou de consultora entre 2005 e 2008 do banco Goldman Sachs, alvo de processo criminal pelo seu papel na crise.
A Casa Branca disse que os serviços prestados por Kagan não têm relação com a atuação do banco na crise e nem qualquer papel na decisão do presidente.
No passado, ela também foi diretora da Escola de Direito da Universidade Harvard e conselheira da Casa Branca no governo Bill Clinton (1993-2001).
Se a escolha recair sobre Kagan ou Wood, a corte terá a maior representação feminina da história -são juízas hoje Ruth Ginsberg e Sonia Sotomayor, a primeira indicada por Obama ao órgão.
(AM)

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