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Washington aumenta pressão sobre Islamabad
DE WASHINGTON
Enquanto vê provas que implicam o Taleban paquistanês
no atentado frustrado do último dia 1º em Nova York, a Casa
Branca aumentou a pressão a
Islamabad para que aja rapidamente contra extremistas islâmicos em regiões tribais.
Do contrário, forças americanas poderão agir em solo paquistanês por conta própria.
Na última sexta, o general
Stanley McChrystal, comandante das forças americanas no
Afeganistão, se reuniu com líderes militares paquistaneses
para exortar o início de uma
ofensiva contra o Taleban e a Al
Qaeda no Waziristão do Norte.
Foi nessa região que o responsável pela tentativa de atentado
em Nova York, Faisal Shahzad,
disse ter sido treinado.
Autoridades paquistanesas
prenderam várias pessoas com
laços com Shahzad nos últimos
dias, incluindo seu pai e seu sogro. Mas os EUA temem que a
ação inspire outras no país.
"O que estamos dizendo é,
"sinto muito, mas se houver um
ataque bem-sucedido, teremos
de agir [em solo paquistanês]"",
disse ao "New York Times" um
alto funcionário do governo
americano.
Islamabad já está insatisfeita
com a ação de voos não tripulados dos EUA no país, e até agora
se mostrou muito sensível a
operações americanas no território. Os EUA lançaram dois
ataques com aviões-robô no
Waziristão do Norte desde o
dia 1º de maio -o segundo, ontem, deixou nove mortos.
Afeganistão
Em momento difícil também
com o governo do Afeganistão,
a Casa Branca recebe em Washington nesta semana o presidente Hamid Karzai.
As relações entre a Casa
Branca e o governo Karzai tiveram um de seus piores momentos pouco após o presidente Barack Obama pressionar publicamente Cabul para agir contra
a corrupção em uma visita ao
país em março. Dias depois,
Karzai chegou a dizer que preferia se unir ao Taleban a ceder
à pressão internacional.
Agora, comandantes americanos estão empenhados em
dar mais legitimidade a Karzai
antes de uma operação planejada contra o Taleban na Província afegã de Candahar.
(AM)
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