São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2010

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Washington aumenta pressão sobre Islamabad

DE WASHINGTON

Enquanto vê provas que implicam o Taleban paquistanês no atentado frustrado do último dia 1º em Nova York, a Casa Branca aumentou a pressão a Islamabad para que aja rapidamente contra extremistas islâmicos em regiões tribais.
Do contrário, forças americanas poderão agir em solo paquistanês por conta própria.
Na última sexta, o general Stanley McChrystal, comandante das forças americanas no Afeganistão, se reuniu com líderes militares paquistaneses para exortar o início de uma ofensiva contra o Taleban e a Al Qaeda no Waziristão do Norte. Foi nessa região que o responsável pela tentativa de atentado em Nova York, Faisal Shahzad, disse ter sido treinado.
Autoridades paquistanesas prenderam várias pessoas com laços com Shahzad nos últimos dias, incluindo seu pai e seu sogro. Mas os EUA temem que a ação inspire outras no país.
"O que estamos dizendo é, "sinto muito, mas se houver um ataque bem-sucedido, teremos de agir [em solo paquistanês]"", disse ao "New York Times" um alto funcionário do governo americano.
Islamabad já está insatisfeita com a ação de voos não tripulados dos EUA no país, e até agora se mostrou muito sensível a operações americanas no território. Os EUA lançaram dois ataques com aviões-robô no Waziristão do Norte desde o dia 1º de maio -o segundo, ontem, deixou nove mortos.

Afeganistão
Em momento difícil também com o governo do Afeganistão, a Casa Branca recebe em Washington nesta semana o presidente Hamid Karzai.
As relações entre a Casa Branca e o governo Karzai tiveram um de seus piores momentos pouco após o presidente Barack Obama pressionar publicamente Cabul para agir contra a corrupção em uma visita ao país em março. Dias depois, Karzai chegou a dizer que preferia se unir ao Taleban a ceder à pressão internacional.
Agora, comandantes americanos estão empenhados em dar mais legitimidade a Karzai antes de uma operação planejada contra o Taleban na Província afegã de Candahar.
(AM)


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