São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2004

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VENEZUELA

Autoridades querem impedir presença de observadores internacionais

Oposição teme "armadilha" no dia 15

DA REDAÇÃO

A oposição venezuelana ainda teme que haja "armadilhas" no dia 15 de agosto, data escolhida para ocorrer o plebiscito revogatório do mandato do presidente Hugo Chávez.
"O governo tem tentado fazer manobras, usarão qualquer circunstância para atrasar [o plebiscito]", disse o parlamentar oposicionista Pastor Heydra. "O governo fará todo o possível para escapar de novas eleições."
Para a oposição, a consulta popular poderá ser facilmente adiada caso haja problemas com as urnas eletrônicas ou na organização da votação.
O problema é que se o plebiscito acontecer depois do dia 19 de agosto -quando se inicia o quarto ano do governo Chávez-, seu vice assumiria a Presidência até o final do mandato, em 2006, no caso de Chávez ser derrotado. Se a consulta ocorrer antes dessa data e o presidente perder, seriam convocadas novas eleições.
Durante o anúncio da data, anteontem, o vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Ezequiel Zamora, afirmou que o dia 15 de agosto havia sido aprovado com a condição de que a data que contará para uma possível revogação do mandato de Chávez será o dia da consulta popular -no caso, o dia 15-, e não o dia em que forem divulgados os resultados. Mas, para a oposição, as datas são muito próximas.
Para alarmar ainda mais os adversários de Chávez, autoridades venezuelanas cogitam limitar, ou até impedir, a presença dos observadores internacionais durante a consulta. A participação da OEA (Organização dos Estados Americanos) e da Fundação Carter, dos EUA, no plebiscito é considerada essencial pelos opositores para prevenir a votação contra fraudes. Os chavistas alegam que os dois órgãos atuam contra o presidente. Eles negam.
"Acho que eles não devem estar presentes por causa da forma como se comportam", declarou Oscar Battaglini, um dos cinco integrantes do CNE.


Com agências internacionais

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