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VENEZUELA
Autoridades querem impedir presença de observadores internacionais
Oposição teme "armadilha" no dia 15
DA REDAÇÃO
A oposição venezuelana ainda
teme que haja "armadilhas" no
dia 15 de agosto, data escolhida
para ocorrer o plebiscito revogatório do mandato do presidente
Hugo Chávez.
"O governo tem tentado fazer
manobras, usarão qualquer circunstância para atrasar [o plebiscito]", disse o parlamentar oposicionista Pastor Heydra. "O governo fará todo o possível para escapar de novas eleições."
Para a oposição, a consulta popular poderá ser facilmente adiada caso haja problemas com as
urnas eletrônicas ou na organização da votação.
O problema é que se o plebiscito
acontecer depois do dia 19 de
agosto -quando se inicia o quarto ano do governo Chávez-, seu
vice assumiria a Presidência até o
final do mandato, em 2006, no caso de Chávez ser derrotado. Se a
consulta ocorrer antes dessa data
e o presidente perder, seriam convocadas novas eleições.
Durante o anúncio da data, anteontem, o vice-presidente do
Conselho Nacional Eleitoral, Ezequiel Zamora, afirmou que o dia
15 de agosto havia sido aprovado
com a condição de que a data que
contará para uma possível revogação do mandato de Chávez será
o dia da consulta popular -no
caso, o dia 15-, e não o dia em
que forem divulgados os resultados. Mas, para a oposição, as datas são muito próximas.
Para alarmar ainda mais os adversários de Chávez, autoridades
venezuelanas cogitam limitar, ou
até impedir, a presença dos observadores internacionais durante a
consulta. A participação da OEA
(Organização dos Estados Americanos) e da Fundação Carter, dos
EUA, no plebiscito é considerada
essencial pelos opositores para
prevenir a votação contra fraudes.
Os chavistas alegam que os dois
órgãos atuam contra o presidente.
Eles negam.
"Acho que eles não devem estar
presentes por causa da forma como se comportam", declarou Oscar Battaglini, um dos cinco integrantes do CNE.
Com agências internacionais
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