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Oposição iraniana tenta pôr aiatolá contra presidente
DA REDAÇÃO
Um dos mais proeminentes
clérigos e políticos iranianos
acusou ontem o presidente
conservador Mahmoud Ahmadinejad de ter mentido durante
debate na TV, realizado na semana passada entre candidatos
ao pleito presidencial desta
sexta-feira.
O ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani (1989-1997),
também conservador, afirmou
que "milhões de iranianos testemunharam as enganações e
fabricações" proferidas por Ahmadinejad.
No debate, Rafsanjani foi
acusado pelo atual presidente
de ser corrupto e de conspirar
em favor do principal candidato oposicionista, o reformista
Mir Hosein Mousavi.
Rafsanjani pediu interferência do líder supremo, aiatolá Ali
Khamenei, que tem a última
palavra nos assuntos nacionais.
Khamenei tem dado sinais
dúbios entre apoiar Mousavi ou
Ahmadinejad para mais um
mandato de cinco anos.
Críticas do ex-presidente foram endossadas por 14 altos
clérigos do santuário de Qom.
Eles denunciaram Ahmadinejad por "falar mal pelas costas"
de rivais ausentes, o que contraria os princípios do islã.
Mesmo criticado por sua gestão econômica e por sua confrontação do Ocidente, o atual
presidente é muito popular nos
meios pobres e rurais.
Não há pesquisas confiáveis
no Irã, mas tanto simpatizantes
de Ahmadinejad quanto de
Mousavi reconhecem que a disputa está acirrada. Se ninguém
obtiver mais da metade dos votos, os dois primeiros colocados
vão a segundo turno no dia 19.
Segundo analistas, os dois
outros candidatos no páreo, o
reformista Mehdi Karubi e o linha-dura Mohsen Rezai, têm
poucas chances.
Comícios de simpatizantes
dos favoritos tomam a cada
noite as ruas de Teerã.
Com agências internacionais
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