São Paulo, quarta-feira, 10 de junho de 2009

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Oposição iraniana tenta pôr aiatolá contra presidente

DA REDAÇÃO

Um dos mais proeminentes clérigos e políticos iranianos acusou ontem o presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad de ter mentido durante debate na TV, realizado na semana passada entre candidatos ao pleito presidencial desta sexta-feira.
O ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani (1989-1997), também conservador, afirmou que "milhões de iranianos testemunharam as enganações e fabricações" proferidas por Ahmadinejad.
No debate, Rafsanjani foi acusado pelo atual presidente de ser corrupto e de conspirar em favor do principal candidato oposicionista, o reformista Mir Hosein Mousavi.
Rafsanjani pediu interferência do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que tem a última palavra nos assuntos nacionais.
Khamenei tem dado sinais dúbios entre apoiar Mousavi ou Ahmadinejad para mais um mandato de cinco anos.
Críticas do ex-presidente foram endossadas por 14 altos clérigos do santuário de Qom. Eles denunciaram Ahmadinejad por "falar mal pelas costas" de rivais ausentes, o que contraria os princípios do islã.
Mesmo criticado por sua gestão econômica e por sua confrontação do Ocidente, o atual presidente é muito popular nos meios pobres e rurais.
Não há pesquisas confiáveis no Irã, mas tanto simpatizantes de Ahmadinejad quanto de Mousavi reconhecem que a disputa está acirrada. Se ninguém obtiver mais da metade dos votos, os dois primeiros colocados vão a segundo turno no dia 19.
Segundo analistas, os dois outros candidatos no páreo, o reformista Mehdi Karubi e o linha-dura Mohsen Rezai, têm poucas chances.
Comícios de simpatizantes dos favoritos tomam a cada noite as ruas de Teerã.

Com agências internacionais



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