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LÍBIA
Filho de Gaddafi admite tortura de búlgaros
DA REDAÇÃO
Saif al Islam, filho do ditador da Líbia, Muammar
Gaddafi, admitiu que seis
médicos búlgaros que estavam presos no país africano até o fim do mês passado foram torturados.
Segundo Al Islam contou à rede de notícias árabe Al Jazira, as cinco enfermeiras e o médico, que
eram acusados de haver
infectado deliberadamente 462 crianças com o HIV,
receberam choques elétricos e tiveram de ouvir
ameaças a membros de
suas famílias.
Os seis foram libertados
pela Líbia no último dia 24
de julho, após oito anos
encarcerados, como conseqüência de uma negociação com a União Européia envolvendo o pagamento de mais de US$ 400
milhões em indenizações
às famílias das crianças
por países da UE.
Os búlgaros sempre alegaram inocência e diziam
que haviam sido torturados para confessar culpa; a
Líbia negava a tortura.
Al Islam também admitiu, recentemente, que a libertação dos médicos envolveu um acordo de compra de armas da França -o
que gerou a instalação de
um inquérito parlamentar
na Assembléia Nacional
francesa.
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