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Disputa interna mata nº 2 do grupo, diz governo
ENVIADO ESPECIAL A ISLAMABAD
Depois de anunciar a morte
do líder do Taleban paquistanês, o governo do país afirmou
ontem que o número dois do
grupo morreu em um tiroteio.
Hakimullah Mehsud morreu, segundo o Ministério do
Interior, após discutir com outro candidato à sucessão do líder Baitullah Mehsud, Waliur
Rehman -que negou o incidente à agência Reuters.
Baitullah, segundo diz o Paquistão, morreu na quarta passada durante um ataque de um
avião não tripulado americano
enquanto descansava com sua
mais recente mulher no teto de
uma casa na região tribal do
Waziristão do Sul.
O Taleban paquistanês afirma por meio de alguns porta-vozes que isso é mentira, mas
pelo menos um representante
graduado do grupo já reconheceu a morte.
Tanto no caso de Baitullah
quanto no de Hakimullah, não
há ainda provas físicas da morte. O ministro do Interior paquistanês, Malik Rehman, diz
contudo ter certeza de que elas
ocorreram. O Departamento de
Estado americano ontem afirmou "estar certo" das mortes.
Baitullah era a ligação do Taleban paquistanês com o seu vizinho afegão e com a Al Qaeda,
centralizando rotas de distribuição de dinheiro e suprimentos. No Paquistão, a mídia especula se a rede terrorista de Osama bin Laden agora terá uma
voz mais ativa no grupo ou se
perderá influência.
De um jeito ou de outro, o Taleban paquistanês parece estar
em ebulição, e é possível que
haja uma renovação da violência nas áreas tribais.
Ontem, na agência de Mohmand (distrito nas regiões tribais), o administrador civil do
lugar e outros dois oficiais foram mortos a tiros por integrantes do Taleban.
A Folha viajou por meio da
principal estrada que corta a
agência na quinta-feira passada, e a forte presença militar
parecia garantir um certo clima de paz. Na capital local, a vila de Ghalanai, moradores pareciam viver seu cotidiano sem
grandes sobressaltos. Aparentemente, apenas.
(IG)
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