São Paulo, domingo, 10 de setembro de 2006

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Otan precisa de mais 2.000 homens no Afeganistão

Segundo chefe do comitê militar da aliança ocidental, ação da insurgência no sul do país é mais forte do que o esperado

Turquia e Alemanha já descartam envio de tropas; combates matam ao menos 40 supostos membros do Taleban e um soldado


DA REDAÇÃO

O chefe do comitê militar da Otan no Afeganistão, general Ray Henault, disse ontem as tropas da aliança militar ocidental estão encontrando mais resistência do que esperavam no sul do país e que pelo menos mais 2.000 soldados são necessários para combater a insurgência.
Combates entre soldados afegãos e da Otan contra milícias entre a noite de sexta-feira e ontem mataram ao menos 40 supostos membros do Taleban. Um soldado da Otan também foi morto. Anteontem, o maior ataque na capital afegã, Cabul, desde a invasão americana deixou 16 mortos.
Henault fará amanhã um apelo oficial ao conselho da Otan para que os 26 Estados-membros se comprometam com o envio de entre 2.000 e 2.500 soldados adicionais à força hoje composta por cerca de 20 mil homens.
"O Afeganistão é a mais complexa missão que a Otan já assumiu", disse Henault. "Nossa avaliação conjunta é que estamos satisfeitos com o progresso militar até o momento, particularmente no norte e no oeste, mas menos no sul, onde tem sido mais difícil."
O general disse que apenas 85% das forças necessárias para a missão foram enviadas até agora. Isso foi "considerado aceitável pelos comandantes para atender ao nível de atividade que eles estavam esperando, até que eles descobriram a intensidade da resistência [do Taleban]", disse.
Os apelos por mais tropas têm encontrado resistência entre os países-membros da aliança, que dizem já estar comprometidos no limite de sua capacidade. Turquia e Alemanha, que têm respectivamente 900 e 2.800 homens no país, já descartaram o envio de mais soldados.


Com agências internacionais

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