São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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La Paz descarta uso de força contra protestos

DA REDAÇÃO

O ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, assegurou ontem que o governo não responderá com violência às manifestações, após ter conhecimento dos enfrentamentos. Quintana acusou o líder do Comitê Cívico de Santa Cruz, Branko Marinkovic, de atentar contra a institucionalidade democrática.
Antes, o ministro do Desenvolvimento Rural recém-empossado, Carlos Romero, havia dito que "em nenhuma parte do mundo a opção pela violência obteve êxito".
O vice-ministro do Interior, Rubén Gamarra, acusou os opositores de promoverem "uma escalada de violência", sob a liderança do governador de Santa Cruz, Rubén Costas.
Santa Cruz é o departamento mais rico do país. Costas faz oposição radical a Morales e chegou a chamá-lo de "macaco" depois do referendo em que ambos foram ratificados em seus cargos, no mês passado.
Apesar do recrudescimento das hostilidades entre La Paz e a oposição, o governo anunciou ontem que pretende, além de cumprir os compromissos com o Brasil e a Argentina, ampliar o fornecimento de gás para o Paraguai e para o Uruguai com a certificação de novas reservas.
A Estratégia Boliviana de Hidrocarbonetos, anunciada antes de os opositores fecharem válvulas de gasoduto no departamento de Tarija, garante que as reservas provadas da Bolívia são suficientes para cumprir as suas demandas internas e externas, mas, para chegar a novos mercados, será preciso acelerar os investimentos em novos campos.


Com agências internacionais


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