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7.600 russos ficarão nos territórios autonomistas
DA REDAÇÃO
A Rússia anunciou ontem
que manterá 7.600 militares na
Ossétia do Sul e na Abkházia,
territórios autonomistas que
formalmente pertencem à
Geórgia. A informação foi dada
pelo ministro russo da Defesa,
Anatoli Serdiukov, em encontro, transmitido pela TV, com o
presidente Dmitri Medvedev.
O chanceler russo, Serguei
Lavrov, afirmou que os contingentes de seu país permanecerão naqueles territórios "por
um futuro a perder de vista".
A Rússia se comprometeu
anteontem a retirar dentro de
um mês os militares que hoje
ocupam a Geórgia. Foi um dos
pontos de complementação do
cessar-fogo, após o conflito de
seis dias em agosto. Nesse novo
documento, Moscou abre mão
de manter uma zona-tampão
nas divisas georgianas com os
territórios separatistas, onde se
instalarão equipes internacionais de monitoramento.
Em Washington, o porta-voz
do Departamento de Estado,
Sean McCormack, considerou
positiva a retirada dos russos e
disse que o Kremlin deve cumprir todos os acordos que possam pôr fim à atual crise.
Pelo novo documento, com o
qual concordou o presidente da
Geórgia, Mikhail Saakashvili, é
reconhecido o direito à Rússia
de manter militares nos dois
territórios -cuja independência o Kremlin unilateralmente
reconheceu e que já estavam
por acordos internacionais sob
sua tutela, desde 1992.
O texto de anteontem não
impõe limites ao número de
militares russos a ser mantido
na Abkházia e na Ossétia do
Sul. Nesta última, antes do conflito a Rússia tinha só 500 soldados. Eles serão agora 3.800.
Segundo o "New York Times", Washington decidiu não
mais tomar medidas concretas
para punir a Rússia em razão da
crise do Cáucaso, por acreditar
que seriam pequenos os efeitos
de decisões unilaterais.
Europa e Ucrânia
Encontro ontem em Paris
entre dirigentes da União Européia e uma delegação da
Ucrânia fixou para 2009 a assinatura de "um acordo de associação" entre Kiev e o bloco de
27 países, sem no entanto prever data para que ela se torne
Estado-membro. Os ucranianos se sentem ameaçados pela
Rússia, por terem também territórios autonomistas.
Com agências internacionais
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