São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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Após passagem do Ike, Lula oferece ajuda a Raúl Castro

Haiti também deve receber suprimentos do Brasil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cuba e Haiti devem receber ajuda humanitária do Brasil nos próximos dias, anunciou ontem a Presidência da República depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonar ao dirigente cubano, Raúl Castro, no início da tarde. As duas ilhas foram atingidas nas últimas semanas pelos furacões Ike, Hanna e Gustav.
No Haiti contabilizam-se centenas de mortos, e em Cuba, onde foram registradas anteontem quatro mortes, os prejuízos são estimados em até US$ 4 bilhões, segundo a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.
O volume da ajuda brasileira será definido hoje em reunião no Planalto, sob coordenação do Itamaraty. Devem ser enviados comida, remédios e materiais de infra-estrutura, como cimento e fios elétricos. Raúl disse a Lula que a fome é o maior problema em Cuba. Colheitas foram destruídas no país, que já sofria da escassez de alimentos, e falta eletricidade devido a danos estruturais.
Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência para assuntos internacionais, conversou por telefone com o presidente do Haiti, René Préval, que lhe fez um relato semelhante. O país teve mais de 600 mortos pelos furacões.
Lula convocou os ministros de Agricultura, Minas e Energia, Integração Nacional, Casa Civil, Justiça e Saúde para definir os moldes do auxílio.
A passagem do Ike pelo território cubano terminou ontem à tarde, com categoria 1 -a mais fraca na escala até 5. Foram deslocadas para zonas de segurança 2,6 milhões de pessoas -mais de um quinto de toda a população cubana-, fechadas minas de níquel -principal exportação da ilha- , destruídas plantações de açúcar, derrubada a safra de café e afetado o turismo.
O furacão seguiu sobre as águas quentes do golfo do México, que podem fortalecê-lo até atingir a costa americana no sábado, próximo à fronteira do país com o México. Seu trajeto não oferece grande risco às 4.000 plataformas petrolíferas no golfo, que produzem um quarto do petróleo dos EUA.


Com agências internacionais


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