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Jornalista do "Times" é resgatado pela Otan
DA ASSOCIATED PRESS
Um repórter do jornal americano "New York Times" feito
refém havia quatro dias pelo
Taleban foi resgatado ontem
no Afeganistão em uma operação do comando britânico da
missão da Otan, a aliança militar ocidental, no país. Seu tradutor afegão, um soldado e um
civil, no entanto, morreram.
O britânico Stephen Farrel e
o tradutor afegão Sultan Munadi haviam sido capturados no
sábado por insurgentes do grupo radical islâmico na Província de Kunduz (norte). Eles estavam na região para fazer a cobertura do ataque realizado na
véspera pela Otan contra dois
caminhões-tanque roubados.
Na ação militar, ao menos 70
pessoas morreram, das quais
acredita-se que entre 25 e 40
sejam civis. Ordenado pelo comando alemão da aliança militar, o ataque reviveu a polêmica
sobre a morte de não combatentes em ações anti-Taleban,
considerada um dos principais
motivos para a falta de apoio ao
papel da Otan no Afeganistão.
Em junho, outro jornalista
do "Times", David Rohde, e um
colega afegão, Tahir Ludin, haviam escapado após sete meses
em cativeiro. Sequestrados em
novembro na capital afegã, Cabul, pelo Taleban, eles foram levados para o vizinho Paquistão,
onde fugiram.
O diretor-executivo do "Times", Bill Keller, apenas manifestou alívio por Farrell ter sido
resgatado vivo, mas lamentou
as mortes decorrentes da operação. O comando britânico
não descartou que o tradutor
tenha morrido por munição
proveniente da Otan.
Segundo Keller, o próprio
Farrel relatou que a situação
complicou-se durante o resgate, o que desatou fogo cruzado
entre a Otan e os insurgentes.
Keller e o diretor-executivo
da Comissão de Proteção de
Jornalistas, Joel Simon, reconheceram riscos no ofício, mas
ressaltaram a necessidade de
que a cobertura da guerra no
país continue sendo realizada.
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