São Paulo, sábado, 10 de setembro de 2011

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Ativistas invadem embaixada de Israel no Cairo

Manifestantes incendiaram a bandeira israelense e atiraram documentos pela janela

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A embaixada de Israel no Cairo foi invadida na noite de ontem por manifestantes que jogaram milhares de páginas de documentos "confidenciais" pela janela.
Os egípcios também arrancaram a bandeira de Israel, atearam fogo e a substituíram pela bandeira egípcia. Essa foi a segunda vez que a bandeira de Israel foi arrancada da embaixada.
Os manifestantes vinham de um protesto na praça Tahir para pedir reformas à junta militar que governa o país desde a queda do ditador Hosni Mubarak, segundo a Al Jazeera.
Eles primeiro derrubaram, a marteladas, o muro de proteção de 2,5 metros de altura construído recentemente pelas autoridades egípcias em frente à embaixada.
A polícia interveio apenas quando os manifestantes conseguiram derrubar o muro e lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que se reuniu na rua em frente ao edifício.
Segundo a agência egípcia Mena, pelo menos 219 pessoas ficaram feridas nos confrontos próximos à região da embaixada.
Os manifestantes jogaram pela janela um grande número de documentos da embaixada, muitos deles escritos em árabe, segundo a France Presse. Um carro de polícia também foi incendiado em frente à representação israelense.
Em um comunicado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se disse preocupado com a ação contra a embaixada do país aliado. Ele pediu ao governo egípcio que "honre suas obrigações internacionais e garanta a segurança da embaixada".
Em telefonema ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Obama disse ainda que tem tomado medidas para ajudar a resolver a situação "sem mais violência".
Segundo a France Presse, o embaixador de Israel no Egito, Yitzhak Levanon, seguiu para o aeroporto do Cairo logo após os ataques para deixar o país.
As relações entre os dois países passam por uma fase delicada, depois da morte de cinco policiais egípcios em um ataque do exército israelense quando perseguia supostos autores de atentados no sul de Israel, em 18 de agosto.


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