São Paulo, sábado, 10 de setembro de 2011

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Plano de Obama é visto como insuficiente

DE WASHINGTON

Semanas de expectativa pelo plano do presidente Barack Obama para criar empregos culminaram ontem em uma recepção gelada. Mercado e analistas políticos levantaram dúvidas sobre virtualmente tudo no projeto de lei, divulgado anteontem.
Há ceticismo sobre a própria aprovação do pacote no Congresso. Mais do que isso, questiona-se o fôlego dos cofres americanos para arcar com os US$ 447 bilhões que ele pede e, sobretudo, a eficácia da injeção de dinheiro, depois que tentativas anteriores se mostrarem ineficazes.
No paradoxo explícito ontem, o valor é alto para gastar, mas baixo para resolver o problema.
O plano está calcado em um corte de impostos na folha de pagamento das empresas (50% para as que gastam até US$ 5 milhões em salários -98% dos negócios no país, diz a Casa Branca).
O braço de pesquisa econômica da agência Moody's estimou que a proposta levaria à criação de 1,9 milhão de vagas e alimentaria um crescimento de 2% do PIB.
Mas para representantes de setores-chave da economia ouvidos pelo "New York Times", o estímulo é insuficiente para contratar.
No atual círculo vicioso, o desemprego desanima, causa retração no consumo, o que inibe a produção.
Portanto, é fundamental lidar com a confiança da população na economia, que registra baixas recordes.
Além disso, a proposta pede cerca de US$ 200 bilhões em novas despesas.
Obama alega que as despesas extras seriam compensadas por cortes em outras áreas. Mas, diante da polarização do Legislativo, que prepara um novo pacote de ajuste fiscal, é grande a chance de a oposição republicana ficar com os cortes. Sem contrapartida. (LC)



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