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IRAQUE OCUPADO
Chanceler diz que ações anti-EUA devem retardar os processos constitucional e eleitoral
Violência pode atrasar cronograma iraquiano
DA REDAÇÃO
A escalada nas ações anti-EUA
no Iraque pode atrasar o início
das discussões sobre a futura
Constituição do país, afirmou ontem o chanceler iraquiano, Hoshyar Zebari.
Em encontro com a ministra
das Relações Exteriores da Espanha, Ana Palacio, em Bagdá, Zebari disse que a expectativa é de
que o governo interino do Iraque
consiga cumprir a data-limite de
15 de dezembro, estabelecida pelo
Conselho de Segurança, para definir como e quando será feita a nova Constituição do país.
"Porém tudo dependerá da situação da segurança. Se houver
uma deterioração, nós não conseguiremos cumprir com os nossos
compromissos", afirmou.
A Constituição e as eleições são
o objetivo final dos EUA para que
haja no Iraque um governo democraticamente eleito. Isso permitiria que as tropas americanas
se retirassem do país.
Até agora, o Conselho de Governo Iraquiano, estabelecido pelos
EUA, não decidiu como serão escolhidos os delegados que participarão da convenção constitucional, responsável pela elaboração
do texto final. Líderes da comunidade xiita, majoritária no Iraque,
querem que os delegados sejam
escolhidos via eleições. Para autoridades dos EUA, essa via poderia
retardar todo o processo.
Vítimas
O Comando Central dos EUA
anunciou ontem a morte de um
soldado, ocorrida na noite de sábado. O veículo no qual ele viajava
explodiu ao ser atingido por uma
mina colocada na estrada. Em Fallujah, três outros militares ficaram feridos. Uma mina terrestre
feriu um soldado britânico em
Basra, no sul do Iraque. Ao todo,
150 soldados americanos morreram em ações hostis no Iraque
desde 1º de maio, quando o presidente George W. Bush declarou o
fim dos principais combates.
Com agências internacionais
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