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Ligado a Israel, Amã é também aliado dos EUA
DA REDAÇÃO
Poupada até então de
atentados, a Jordânia encerra um paradoxo delicado: é
um dos raros países a se aliar
aos EUA e manter relações
com Israel no mundo islâmico e onde o apoio ao terrorismo tem seu índice mais
elevado.
Uma pesquisa feita em julho último pelo instituto
americano Pew em países
muçulmanos mostrou que
entre seus 5,7 milhões de habitantes o apoio ao terror é
de 57% -e cresceu 14 pontos em três anos, algo inédito
na região.
E 60% dos jordanianos se
dizem simpáticos a Osama
bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda.
O país é também o berço
de Abu Musab al Zarqawi,
chefe da Al Qaeda no Iraque
e provável mentor dos atentados que, segundo estimativas americanas, mataram ou
feriram seriamente 26 mil civis iraquianos desde 2004.
"Zarqawi" significa "homem de Zarqa", cidade nos
arredores de Amã.
Ainda assim os EUA têm
no rei Abdullah 2º um de
seus principais aliados árabes na região, junto dos governos saudita e paquistanês, e um colaborador em
sua guerra contra o terror
-embora especialistas citem a Jordânia como celeiro
terrorista.
Amã também é um dos
únicos países islâmicos a
manter relações diplomáticas com Israel (os outros são
Egito e Mauritânia). O hotel
Radisson, atingido ontem, é
muito popular entre israelenses.
Com boas relações com os
vizinhos (inclusive o Iraque), a Jordânia era quase
um oásis na turbulenta região. Recentemente, a calma
só se rompeu em 19 de agosto, quando três mísseis foram disparados de seu território contra navios dos EUA
no mar Vermelho.
O governo acusou a Al
Qaeda pelo ataque, que não
foi bem-sucedido: os projéteis não atingiram o barco,
mas um matou um soldado
jordaniano.
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