São Paulo, quarta-feira, 10 de novembro de 2010 |
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"Vaga está ligada ao poderio militar do país", diz pesquisador Para analista, Índia tem apoio dos EUA por ser potência na área
LUIS KAWAGUTI
Folha - Por que a Índia recebeu apoio dos EUA para entrar no Conselho de Segurança e o Brasil não? Geraldo Cavagnari - A capacidade militar da Índia já é significativa e a do Brasil, não. E ainda, para agravar, a Índia domina a tecnologia nuclear para fins militares. Não temos isso, não adianta, esse clube é muito fechado. O Brasil tem chance de conseguir uma vaga permanente? Tem, mas não agora. Para ser membro permanente do Conselho de Segurança, o país tem que ser reconhecido como potência militar, o que não é o caso. Todos os membros permanentes são. Não basta ser uma potência econômica. O Conselho de Segurança da ONU não é um órgão com atribuições econômicas, ele tem atribuições políticas e por isso exige grande capacidade militar. Então, para entrar no conselho, o Brasil tem que investir nas Forças Armadas? O Brasil tem que começar a investir nisso ou não vai ser reconhecido como grande potência. Mas não acho que isso deva ser uma prioridade hoje, primeiro o país tem que ser uma potência econômica para depois poder conquistar a outra posição. A importância regional da Índia também pesa no apoio dos EUA? Sim, pela proximidade com a China. Na região, o único país que faz um contraponto com a China em termos militares é a Índia. Ela está em uma teatro potencial de guerra, que é esta região, o sul da Ásia. Já o Brasil está em uma das regiões mais estáveis do mundo, que é a de América Latina, Atlântico e Pacífico Sul. FOLHA.com Leia a íntegra da entrevista folha.com.br/mu828084 Texto Anterior: China faz gesto conciliador para rival Índia Próximo Texto: Foco: Orgulhosa, Indonésia recebe com festa filho pródigo Obama Índice | Comunicar Erros |
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