São Paulo, terça, 10 de novembro de 1998

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Democracia corre risco, diz defesa

das agências internacionais

Os advogados de Pinochet afirmaram ontem na Câmara dos Lordes que um eventual julgamento do ex-ditador chileno colocaria em perigo a estabilidade política e a transição democrática no Chile.
Os defensores do general, contra quem há um pedido de extradição da Justiça espanhola por violações aos direitos humanos, disseram à instância máxima da Justiça britânica que é preciso buscar um equilíbrio entre a necessidade de fazer justiça e os esforços do Chile para atingir a reconciliação nacional.
Ontem, a Câmara dos Lordes realizou seu terceiro dia de sessão no caso Pinochet. A decisão deverá sair esta semana.
Se a prisão for considerada ilegal, o general poderá voltar ao Chile.
No caso de a Câmara dos Lordes não reconhecer a imunidade de Pinochet, ele continuará preso e enfrentará um processo de extradição para a Espanha.
O governo chileno negou ontem a existência de um estado de alerta entre as Forças Armadas do país e pediu novamente um comportamento sereno diante da situação.
No último domingo, o jornal "La Tercera", de Santiago (capital do Chile), afirmou que o Exército estaria em "estado de alerta" para mostrar seu mal-estar diante da detenção e exigir uma posição mais incisiva do governo.
O Ministério da Defesa informou "de maneira decisiva" que não existe nenhum estado extraordinário nas Forças Armadas, afirmou o secretário-geral de Governo, Jorge Arrate.



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