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Lula distribui elogios a presidentes
DE BUENOS AIRES
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva transformou
seu discurso sobre a criação
do Banco do Sul em uma defesa da integração da América do Sul, recheada de elogios
aos seus colegas, especialmente a Néstor Kirchner,
que deixa hoje a Presidência
da Argentina.
Lula afirmou que a decisão
de assinar a ata de criação do
banco em Buenos Aires, a um
dia da saída de Kirchner do
governo, foi uma "homenagem especial" ao argentino.
O presidente brasileiro afirmou que ele e Kirchner construíram "um dos melhores
momentos da história da relação Argentina e Brasil".
No fim de seu discurso, Lula afirmou que a relação deve
ser mais produtiva ainda entre ele e a nova presidente argentina e mulher de Kirchner, Cristina.
Amigos
O presidente argentino
não foi o único a receber elogios de Lula. Do boliviano
Evo Morales, o brasileiro disse que foi "a coisa mais extraordinária que já aconteceu na América do Sul, porque ninguém tem mais a cara
da Bolívia do que o Evo Morales". Ao paraguaio Nicanor
Duarte Frutos, "que quantos
discursos ouviu contra o
Brasil", agradeceu por sua
compreensão. Sobre a Venezuela de Hugo Chávez, disse
que "a nossa relação com a
Venezuela de hoje é uma relação sólida, muito forte e
muito favorável ao Brasil".
Lula defendeu que o Banco
do Sul seja um instrumento
para que os países mais ricos
-"economias mais fortes,
sobretudo o rei do petróleo,
Chávez, economias como a
argentina e a brasileira"-
ajudem os mais pobres.
O presidente afirmou que
a criação do banco e a desdolarização do comércio com a
Argentina "são começos extraordinários para que nestes três anos nós avancemos
o que não avançamos nos últimos dez ou 15 anos e construamos verdadeiramente
uma integração".
"Não existe possibilidade
de saída individual para nenhum país. A Argentina não
irá bem se o Brasil não estiver bem. O Brasil não irá bem
se a Argentina, se a Venezuela, se os outros países não estiverem bem. E todos estaremos melhor quando nos ajudarmos, ao invés de nos digladiarmos", completou o
presidente do Brasil. (RR)
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