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Brasil continuará na mesma, diz relatório
DA REDAÇÃO
Se a praga latino-americana do
início do século 21 for mesmo a
estagnação e o imobilismo, o Brasil estará entre os mais doentes:
passaremos o ano de 2020 discutindo reformas institucionais,
"custo Brasil", guerra fiscal, carga
tributária excessiva, inflação e dívida externa. Sem contar na (até
lá) histórica campanha por um
assento permanente no Conselho
de Segurança da ONU.
Essas previsões fazem parte do
relatório "América Latina em
2020. Dois Passos para a Frente,
Um e Meio para Trás", elaborado
a partir da análise de especialistas
convidados pelo Conselho Nacional de Inteligência (NIC), órgão
do governo americano encarregado de fazer previsões de médio e
longo prazos. As conclusões do
Projeto 2020 não representam as
visões do governo dos Estados
Unidos.
"O Brasil provavelmente não
conseguirá alcançar sua prometida liderança na América do Sul,
devido tanto ao ceticismo de seus
vizinhos quanto à preponderante
ênfase em seus próprios interesses", diz o relatório.
"Ator mundial"
Ainda de acordo com o estudo,
o Brasil ainda não terá conseguido entrar no Conselho de Segurança, "mas continuará se considerando um ator mundial".
A boa notícia é que sua "democracia pulsante" será um fator de
estabilidade para o restante da região, mas não haverá um crescimento econômico significativo. O
principal motor serão as exportações para os EUA, a União Européia, a China e a Índia.
"Aproveitando-se da fome asiática e dos laços fortalecidos com a
Europa, o Brasil tentará superar
suas limitações estruturais por
meio de seu robusto setor de agribusiness."
O maior risco para o Brasil até
2020 será quebrar, por causa do
seu alto endividamento, com graves e duradouras consequências
para quase toda a região.
A Folha pediu uma entrevista
com Fulton Armstrong, mas o encarregado do NIC para a América
Latina não quis falar.
(FM)
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