São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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OMS calcula baixas civis no Iraque em 151 mil em 3 anos

DA ASSOCIATED PRESS

Pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde) revela que 151 mil civis foram mortos nos três primeiros anos da Guerra do Iraque. O levantamento se baseou em amostragem de 10 mil domicílios e é visto como o mais rigoroso até agora publicado.
Embora cobrindo um período diferente -de março de 2003 a junho de 2006- a OMS, que pesquisou em conjunto com o governo iraquiano, chegou a um número sensivelmente menor que os 600 mil apontados em estimativa de 2006 pela Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos.
Mas é um número bem maior que o estimado pela entidade Iraq Body Count, que, com base em informações da mídia, calcula terem sido mortos até agora de 80 mil a 87 mil civis.
O assunto é invariavelmente controvertido, por não existir uma clara diferença entre civis e pessoas envolvidas em violência sectária e pelo fato de haver uma subnotificação de sepultamentos entre os sunitas, num país em que a polícia e o governo são controlados pelos xiitas.
Mesmo assim, o ministro iraquiano da Saúde, Salih al Hasnawi, disse que a pesquisa usou uma metodologia correta e foi abrangente o bastante. Na Casa Branca, o porta-voz Tony Fratto disse não ter conhecimento do estudo, mas que a morte de civis ou militares iraquianos é sempre "algo trágico".
A ONU, da qual a OMS é uma das agências especializadas, pagou US$ 1,6 milhão pela pesquisa, publicada anteontem na edição online do "New England Journal of Medicine".


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