DA REDAÇÃO

O relatório final de uma investigação levada a cabo por uma comissão parlamentar do Irã, divulgado ontem, responsabiliza o então procurador de Teerã -aliado do presidente Mahmoud Ahmadinejad- pelas mortes de ao menos três manifestantes antirregime presos nos protestos pós-eleição de junho.
Segundo o grupo, formado por três parlamentares conservadores e três reformistas, 147 opositores foram levados à prisão de Kahrizak, que não tinha condições para recebê-los, por insistência de Saeed Mortazari.
"As mortes dos três resultaram de quatro dias sofrendo agressões em um lugar sem condições apropriadas de alimentação, água e saúde", diz o texto, que rejeita, porém, ter havido estupros.
A prisão foi fechada em julho pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em meio às críticas sobre o tratamento dado às centenas de opositores presos -eles alegam fraude na votação.
A oposição estima em 80 os mortos desde junho, mas Teerã admite menos de 40.