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Washington já faz licitações para pós-guerra
DA REDAÇÃO
O governo do presidente George W. Bush está preparando um
contrato de cerca de US$ 900 milhões para iniciar a reconstrução
do Iraque após uma possível
guerra. A informação, divulgada
inicialmente pelo diário "The
Wall Street Journal", foi confirmada por autoridades.
Esse seria o maior plano de reconstrução de um país com ajuda
dos EUA desde a Segunda Guerra
Mundial (1939-45), quando a Alemanha e o Japão foram reconstruídos.
A Usaid (agência dos EUA para
o desenvolvimento internacional)
enviou um pedido de orçamento
detalhado a pelo menos cinco empreiteiras do país. Todas já elaboraram os orçamentos ou os estão
preparando.
Segundo o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Richard Boucher, o número de empreiteiras que concorrerão para a
realização da reconstrução será limitado.
O documento da Usaid, denominado "Uma visão para o Iraque
do pós-guerra", visa demonstrar
que os EUA estão preocupados
com o futuro do país.
O governo americano tem recebido críticas de que estaria somente pensando na guerra, sem
se preocupar com o futuro do Iraque após o fim do regime do ditador Saddam Hussein.
A expectativa é de que o governo envie em breve um pedido de
dinheiro ao Congresso para reconstruir o Iraque, como parte de
um pacote suplementar de gastos
para financiar a guerra e as suas
consequências.
O valor do contrato deve ser
duas vezes maior do que os EUA
pretendem gastar ao todo, desde
o ano passado até o próximo, com
a reconstrução do Afeganistão.
O plano também é ambicioso
em relação ao tempo para a reconstrução, de acordo com o
"Wall Street Journal".
O início da reconstrução está
previsto para logo após a guerra,
com o restabelecimento dos sistemas de água, rodoviário, de portos, de hospitais e de escolas.
O objetivo é criar, em 18 meses,
segundo o jornal americano, uma
nova estrutura para a economia e
novas instituições governamentais no Iraque.
"Nós pretendemos realizar algo
incomum, com a assistência humanitária e a reconstrução [do
Iraque] acontecendo simultaneamente", disse o diretor da Usaid
Andrew Natsios.
Com agências internacionais
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