São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 2011

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ONU bombardeia casa de presidente da Costa do Marfim

Helicópteros também dispararam mísseis contra o palácio presidencial em resposta a ataques realizados pelas forças de Gbagbo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Helicópteros da ONU e da França voltaram ontem a lançar mísseis contra alguns alvos, entre eles a residência oficial em Abidjã, sob controle de Laurent Gbagbo, presidente da Costa do Marfim que rejeita deixar o poder.
O ataque é uma resposta aos recentes bombardeios das tropas leais a Gbagbo à sede local da organização, bem como à residência do embaixador da França.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que ordenou aos integrantes da missão de paz a utilização de "todos os meios necessários" para evitar que Gbagbo "use armamento pesado contra a população".
O porta-voz da ONU, Hamadoun Toure, confirmou que os bombardeios atingiram o palácio e a residência oficial, além de terem danificado bases militares que abrigam armamento pesado.
"Essa é uma retaliação aos ataques nos últimos três ou quatro dias não apenas contra a ONU, mas também contra a população civil, sempre com a utilização de armas pesadas", declarou Toure.
À noite, o presidente eleito, Alassane Ouattara, pediu à ONU que atue para "neutralizar as armas" de Gbagbo.
Moradores disseram ter visto helicópteros da ONU e da França abrirem fogo contra a residência oficial.
Minutos antes dos helicópteros decolarem, o chefe da missão local da ONU, Choi Young-jin, anunciou, em entrevista à TV britânica BBC, a reação de caráter militar.
Há uma semana, helicópteros da ONU já haviam atacado alvos de Gbagbo em nome da defesa de civis, atraindo duras críticas pela adesão a um dos lados do conflito.
Desde ao menos o início do mês, Gbagbo vive em um bunker na residência oficial. A razão para isso está no avanço militar de Alassane Ouattara, o vencedor do pleito realizado no ano passado.
Cansado de aguardar uma solução diplomática, Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional como o novo presidente, avançou suas tropas até chegar a Abidjã, reduto de Gbagbo.


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