São Paulo, terça-feira, 11 de maio de 2004

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VENEZUELA

Chavistas acusam EUA de "silêncio" sobre prisão de supostos paramilitares

Caracas vê ameaça ao referendo

DA REDAÇÃO

O vice-presidente venezuelano, José Vicente Rangel, criticou a oposição por sugerir que o governo havia montado anteontem a prisão de dezenas de supostos paramilitares colombianos acusados de fazer parte de um suposto plano de golpe de Estado.
Rangel também criticou a oposição e os Estados Unidos pelo silêncio em relação ao suposto plano para derrubar o presidente Hugo Chávez e disse que o processo eleitoral venezuelano está em risco.
Anteontem, o governo havia anunciado a prisão de até 88 supostos paramilitares colombianos num sítio. Ontem, Rangel disse que o número subiu para 90, inclusive um coronel da Guarda Nacional que teria fornecido comida ao grupo.
No final do mês, a oposição buscará ratificar ao menos 600 mil assinaturas para convocar um referendo para abreviar o mandato de Chávez, que termina em 2007.
"Não se pode manter o silêncio", disse Rangel, em comentário dirigido ao embaixador americano no país, Charles Shapiro. "Essas pessoas não colocam a estabilidade da Venezuela em risco?"
Pouco depois, a embaixada americana condenou qualquer atividade paramilitar como sendo "contrária ao desejo da grande maioria dos venezuelanos para alcançar uma solução pacífica e democrática" à extrema polarização política venezuelana.
A oposição nega envolvimento com o grupo preso.


Com agências internacionais


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