DA REDAÇÃO

Cerca de 250 mil pessoas deverão passar pelo velório do presidente americano Ronald Reagan (1981-89), segundo os organizadores dos serviços fúnebres. O enterro será na tarde de hoje na área de sua biblioteca presidencial em Simi Valley (Califórnia).
Ontem, em Washington, a fila para ver o caixão tinha uma espera de três horas. Entre os presentes estava a ex-primeira-minsitra britânica Margaret Thatcher (1979-1990). No livro de condolências, ela escreveu: "Para Ronnie. "Muito bem, servo bom e fiel'" (citação do Evangelho de Mateus, 25,21).
A viúva de Reagan, Nancy, 82, recebeu as visitas de Thatcher e dos ex-premiês Yasuhiro Nakasone (Japão) e Brian Mulroney (Canadá). A porta-voz Joanne Drake disse que Nancy está "muito confortada" pelo apoio recebido.
Segundo Drake, Nancy contou que, nos momentos finais, Reagan "abriu seus olhos e olhou para ela". "Seus olhos estavam azuis como sempre e ele os fechou e morreu. Ela me disse que essa foi a maior dádiva de todas." Reagan morreu no sábado, aos 93 anos, devido ao mal de Alzheimer.
Grupos de defesa dos direitos civis planejam fazer hoje em San Francisco, no mesmo horário da missa na catedral Nacional, um ato lembrando "as dezenas de milhares de vítimas da violência promovida por sua administração". Os críticos dizem que Reagan apoiou governos totalitários e não deu os fundos contra a Aids.