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Americano toma "banho de povo" num dos países mais pró-EUA do mundo
CRAIG S. SMITH
DO "NEW YORK TIMES", EM TIRANA
A Albânia é um dos poucos
lugares que ainda restam no
mundo onde o presidente
americano, George W. Bush
Bush, pode desfrutar de um
ambiente de sentimento pró-americano declarado. Ontem,
um dia depois de enfrentar
protestos em Roma, ele tomou
um "banho de povo" em Tirana, com milhares de pessoas
nas ruas para saudá-lo.
"A Albânia com certeza é o
país mais pró-americano da
Europa -talvez até mesmo do
mundo", disse o prefeito social-democrata de Tirana, Edi
Rama. Milhares de albaneses
foram batizados de Bill ou Hillary, graças ao papel exercido
pelo governo Bill Clinton
(1993-2001) em resgatar a população de origem albanesa de
Kosovo, em 1999. Escrevendo
sobre o clima efusivo, um jornal publicou manchete dizendo "Por favor nos ocupem!".
O apoio dado pelos albaneses à guerra no Iraque é quase
unânime. Qualquer escolar do
país lhe diz que o governo de
Woodrow Wilson (1913-1921)
salvou a Albânia de ser dividida entre seus vizinhos após a
1ª Guerra Mundial.
A Albânia esteve entre os
primeiros países a apoiar a recusa de Washington em submeter-se à jurisdição do Tribunal Penal Internacional. Foi
um dos primeiros a enviar tropas ao Afeganistão e a unir-se
às forças no Iraque. "Nossos
soldados continuarão (nesses
países) enquanto houver americanos ali", disse o presidente
albanês, Alfred Moisiu.
A licitação para a maior obra
pública da história do país -
uma rodovia que vai interligar
a Albânia a Kosovo- foi ganha
por uma joint-venture liderada pela americana Bechtel.
Edi Rama, o prefeito de Tirana, se diz ofendido quando o
sentimento pró-americano é
visto como expressão de "submissão provincial". "Não é
questão de sermos cegos", disse o prefeito, com camiseta estampada com o Grande Selo
dos EUA. "Os EUA são algo
que é realmente crucial para o
destino do mundo."
Em preparação para a visita
de Bush, Tirana foi recoberta
com cartazes proclamando
"Temos Orgulho de Sermos
Parceiros". Um retrato de
Bush foi pendurado na Pirâmide, o centro cultural em Tirana erguido como monumento a Enver Hoxha, o ditador
comunista (1944-1985) que
isolou a Albânia do mundo e se
manteve até a morte um stalinista ferrenho.
Com agências internacionais
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