São Paulo, sexta, 11 de julho de 1997.



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Guerra é improvável, diz analista

das agências internacionais

A volta da guerra civil no Camboja, situação que o país viveu durante anos, pode não passar de um blefe do príncipe Norodom Ranariddh, o premiê deposto, para pressionar o novo homem forte do país, Hun Sen, a uma negociação.
Segundo analistas militares, o potencial militar do príncipe não suporta um enfrentamento direto contra as forças de Hun Sen.
A situação é diferente da dos anos 80 -auge do conflito civil. "A Guerra Fria acabou. Norodom tem potencial para lutar por um tempo. Mas, sem ajuda de forças estrangeiras, é improvável que a guerra dure muito", disse Robert Karniol, da respeitada revista britânica "Jane's Defence Weekly".
As estimativas apontam que os homens de Norodom, mesmo que tivessem o apoio de guerrilheiros do Khmer Vermelho, não chegariam a alguns milhares. As tropas de Hun Sen contariam com cerca de 90 mil homens.
E mesmo o apoio do Khmer Vermelho pode não acontecer. A guerrilha e os monarquistas foram aliados contra o regime pró-vietnamita, de que Hun Sen é um representante. O grupo sofre processo de desintegração que acompanha o fim do domínio de Pol Pot -seu paradeiro é desconhecido, e relatos dizem que ele está doente.
Ontem, na região oeste do país, a agência "Reuter" informou que facções do Khmer Vermelho resolveram se manter fora dos conflitos. Sem o apoio da guerrilha, as forças de Norodom aceitaram um cessar-fogo provisório.



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